Neste domingo que passou foi mais um dia de pôr pernas à prova. A prova era a meia maratona que se realiza em Columbus após o dia de acção de graças.
Andava com esta na mira e preparei-me para ela. Antes do dia da prova fui ver como chegar à partida de autocarro de modo a ir não ter de me cansar desnecessariamente de bicicleta. Ora chega o dia da prova e perco não um mas dois autocarros! Lá tive de dar corda aos pedais para chegar à meta antes da hora de partida.
5 minutos para tentar desentorpecer as pernas e estava na hora de ir dar no osso. Partida dada e forma-se um grupo de 7 ou 8 atletas na frente da corrida. Lá fomos seguindo juntos e variando quem ia na frente a puxar. Com o decorrer dos km o grupo começou a encolher até que já ficámos apenas 5 na frente.
A prova não era propriamente difícil, mas tinha muitas secções de sobe e desce curto que são sempre chatas para manter um ritmo constante e na maior parte do percurso o vento apanha-nos de frente. Até aos 5 kms apesar de estar solto sentia as pernas mais presas do que o desejado (andar de bicicleta antes de correr faz-me isto), mas lá me ia arranjando.
Entre os 8 e os 12 km tive uma ligeira quebra, cerca de 3/4 segundos por km que bastaram para ficar em terra de ninguém com 3 atletas na minha frente. Depois dos 12 km foi como se a quebra tivesse desaparecido e estava novamente "como novo".
A prova ia continuando a diferença para os da frente ficou estabilizada naqueles poucos segundos. Nos últimos 3 km tentei forçar um pouco o andamento mas já não havia pernas para mais.
A meta estava cada vez mais próxima e restava-me tentar dar o máximo para ver se consegui fazer um novo recorde pessoal na distância. Acabei por chegar ao fim com 1:19:04 o que dava um ritmo médio de 3:45 / km e novo recorde pessoal à meia maratona. Em termos de classificação deu para quarto da geral e segundo no escalão.
Não fosse ter gasto energias desnecessárias na ida de bicicleta e acho que ainda era capaz de tirar mais uns valentes segundos... Mas, pronto, no próximo sábado irei tentar vingar-me num percurso semelhante.
Desde o início da época já fiz 3 meias maratonas e a progressão tem sido evidente: 1:30:32, 1:24:19 e agora 1:19:04. Pelo menos o planeamento dos treino parece a andar correr bem. Não tenho abusado em quilometragem excessiva, regra geral faço um dia de descanso por semana e os treinos de pista tem sido com aposta mais no volume do que propriamente na velocidade. Vamos a ver onde isto pode chegar!
Até à próxima, bons treinos e melhores corridas! :)
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Buckeye Classic 10K
Venha finalmente um relato de prova a tempo e horas!
No passado domingo fui fazer a "Buckeye Classic 10K" e quando andava a escolher a prova basicamente que vi foi a parte do "Classic". Pensei algo do género: bom se é uma prova clássica isto deve ser mais ou menos plano e ficou assim decidido participar nesta corrida.
Nas últimas semanas tenho-me andado a sentir bem e pensava que seria uma boa prova para tentar aproximar-me do meu melhor tempo aos 10 km. Os treinos andavam a sair bem, a semana antes da prova um pouco mais ligeira que o normal e 2 dias antes fui ver mais detalhes sobre a mesma.
Quando fui ver a altimetria pensei que devia haver algum problema de escala pois havia muita coisa para subir, mas tudo aqui à volta é do mais plano possível. Por outro lado, um pouco mais abaixo havia uma informação a dizer que esta prova era a mais complicada daquelas oferecida pela empresa. Bom, nada de alarmar, aquilo deve ser porque aqui a malta não está habituada a fazer provas com subidas. Outro pormenor a corrida seria toda feita pelo meio de um parque florestal...
Chegado domingo lá fui para a prova com o meu colega de casa. Estavam uns agradáveis 2 graus pelo que depois de ir buscar o dorsal foi tempo de começar a fazer o aquecimento.
Aquecimento feito e siga para a linha de partida ouvir o hino e esperar pela o início da prova. Partida dada e fui para a frente da corrida com 4 ou 5 atletas atrás de mim. Não sabia o que me esperava na prova pelo que fui para um ritmo forte e depois logo se via o que acontecia.
Quando começamos a entrar pela floresta vão começando a aparecer as subidas e o grupo vai ficando mais pequeno. Aos cerca de 2 km a primeira surpresa uma data de escadas para subir... A transição para ritmo alto aqui custou, possivelmente devido ao tipo de movimento que é necessário fazer em subida de escadas e correr, mas ainda assim seguia confortável na frente com 2 atletas colados a mim.
Sobe aqui e desce além e começo a sentir o pé esquerdo a ficar muito à solta dentro do ténis... A medida que a prova vai decorrer isto vai-se agravando e já estava a passar muito tempo a tentar que o pé não fugisse, pelo que tive de escolher um sítio para parar e apertar o atacador. Dei dois esticões em duas subidas e vi que houve alguma dificuldade dos outros atletas reagirem pelo que decidi fazer a paragem numa subida onde havia um banco para colocar o pé. Como tinha as mãos todas atrofiadas do frio o processo de apertar os atacadores tornou-se mais complicado que o inicialmente previsto.
Depois de finalmente apertados lá segui em perseguição dos da frente que tinha uma vantagem de cerca 20 segundos de mim agora e logo atrás de mim já havia malta a aproximar-se. No km seguinte tentei forçar um pouco o ritmo e reduzi a diferença para cerca de 10 segundos, mas foi aí que os da frente começaram a trabalhar em conjunto para não perderem muito tempo. Isto andou assim até ao últimos 500 metros de prova onde um dos atletas da frente encostou para o lado. Só depois de terminada a corrida é que percebi o motivo: ele estava a ajudar o outro atleta a manter o ritmo durante a prova...
Acabei por chegar em segundo lugar da geral com os cerca de 10 segundos de diferença e depois o atleta que ganhou até me veio conformar pelo azar de ter um atacador desapertado. Mas é para eu aprender que já tenho idade suficiente para saber atar os ténis.
Obviamente que o tempo ficou longe daquilo que eu queria se fosse uma prova de estrada, mas tendo em conta que acabou por ser uma prova de trail com com muito sobe e desce pronunciado uma média de 3:55 para os 10 km até que nem podem ser considerados um mau resultado.
Agora é continuar a treinar para escolher uma prova decente para ver se é possível atacar algum dos meus melhores tempos aos 10 km ou meia maratona.
Até à próxima, bons treinos e melhores corridas! :)
No passado domingo fui fazer a "Buckeye Classic 10K" e quando andava a escolher a prova basicamente que vi foi a parte do "Classic". Pensei algo do género: bom se é uma prova clássica isto deve ser mais ou menos plano e ficou assim decidido participar nesta corrida.
Nas últimas semanas tenho-me andado a sentir bem e pensava que seria uma boa prova para tentar aproximar-me do meu melhor tempo aos 10 km. Os treinos andavam a sair bem, a semana antes da prova um pouco mais ligeira que o normal e 2 dias antes fui ver mais detalhes sobre a mesma.
Quando fui ver a altimetria pensei que devia haver algum problema de escala pois havia muita coisa para subir, mas tudo aqui à volta é do mais plano possível. Por outro lado, um pouco mais abaixo havia uma informação a dizer que esta prova era a mais complicada daquelas oferecida pela empresa. Bom, nada de alarmar, aquilo deve ser porque aqui a malta não está habituada a fazer provas com subidas. Outro pormenor a corrida seria toda feita pelo meio de um parque florestal...
Chegado domingo lá fui para a prova com o meu colega de casa. Estavam uns agradáveis 2 graus pelo que depois de ir buscar o dorsal foi tempo de começar a fazer o aquecimento.
Parecendo que não, estava frio... |
Quando começamos a entrar pela floresta vão começando a aparecer as subidas e o grupo vai ficando mais pequeno. Aos cerca de 2 km a primeira surpresa uma data de escadas para subir... A transição para ritmo alto aqui custou, possivelmente devido ao tipo de movimento que é necessário fazer em subida de escadas e correr, mas ainda assim seguia confortável na frente com 2 atletas colados a mim.
Sobe aqui e desce além e começo a sentir o pé esquerdo a ficar muito à solta dentro do ténis... A medida que a prova vai decorrer isto vai-se agravando e já estava a passar muito tempo a tentar que o pé não fugisse, pelo que tive de escolher um sítio para parar e apertar o atacador. Dei dois esticões em duas subidas e vi que houve alguma dificuldade dos outros atletas reagirem pelo que decidi fazer a paragem numa subida onde havia um banco para colocar o pé. Como tinha as mãos todas atrofiadas do frio o processo de apertar os atacadores tornou-se mais complicado que o inicialmente previsto.
Depois de finalmente apertados lá segui em perseguição dos da frente que tinha uma vantagem de cerca 20 segundos de mim agora e logo atrás de mim já havia malta a aproximar-se. No km seguinte tentei forçar um pouco o ritmo e reduzi a diferença para cerca de 10 segundos, mas foi aí que os da frente começaram a trabalhar em conjunto para não perderem muito tempo. Isto andou assim até ao últimos 500 metros de prova onde um dos atletas da frente encostou para o lado. Só depois de terminada a corrida é que percebi o motivo: ele estava a ajudar o outro atleta a manter o ritmo durante a prova...
Em busca dos da frente. |
Uma lembrança gira. |
Agora é continuar a treinar para escolher uma prova decente para ver se é possível atacar algum dos meus melhores tempos aos 10 km ou meia maratona.
Até à próxima, bons treinos e melhores corridas! :)
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