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domingo, 21 de dezembro de 2014

Santa Pur-Suit e a transição para a água

Pois é, estive algumas semanas sem escrever aqui nada, pois tenho andado com algum problemas no tornozelo que me têm impedido de treinar.

Não sei o que se terá passado, talvez alguma entorse que eu não tenha dado conta ou o facto de o piso ser muito escorregadio e pouco estável nesta altura possam ter ajudado a que este problema tenha surgido.

Fiquei triste, pois isto aconteceu-me a uma semana da primeiro prova a sério de 10 km que ia fazer esta época. Senti-me super bem, os treinos estavam a sair-me sem problemas e a prova era ideal para fazer um bom tempo aos 10 km num dia bom, pois era completamente plana.

Na semana da prova, depois de 3 dias parado a tentar recuperar à base de muitos banho de gelo e massagem, ponderei ir fazer a prova, pois sabia que podia correr ainda que fosse sentir alguma dor. No entanto, optei por não arriscar e deixei-me ficar.

Para compensar a falta de treinos de corrida tive de me virar para a piscina. Nomeadamente comecei a fazer trabalho intensivo de pool-running com 2 sessões diárias entre 30 a 50 minutos de manhã e à noite.

Demorei uns dias a perceber o mecanismo das coisa pois só estava a aguentar cerce de 5 minutos de cada vez. Até que descobri que tendo em conta a frequência do movimento das pernas estava a falar o equivalente a séries. Depois de perceber quando dava para simular corrida contínua e treinos intervalados foi pacífico.

No entanto, estes treinos demoram imenso a passar, pois estamos ali às voltas num quadrado e nunca se vê nada de novo. Enfim, é necessário aguentar à bomboca.

No passado fim de semana decorreu a última corrida da Waterloo Running Series e dava a altura em que se decorre era mais uma corrida para as pessoas se divertirem mais que o normal e ainda poderem competir um bocado.

Hesitei até 2 horas antes da prova em fazê-la ou não, mas achei que se fosse num ritmo moderado e com calma poderia fazer a prova sem grandes problemas para o meu tornozelo. Havia duas distâncias: 3 e 5 km. Optei por ser conservador e escolhi a de 3 km para não abusar.

O particular desta prova é que tínhamos de vestir o equipamento dado pela organização. Tendo em conta que a prova se chama Santa Pur-Suit não é difícil imaginar o que aí vem :)
Exacto, este era o dress code para a prova!
Confesso que fiz uma asneira que podia ter tido consequências graves: nem fiz aquecimento para a prova. Apenas 2 ou 3 corridas e estava na hora de partir.

Assim que foi dado o tiro de partida pensei que todos os atletas ou estavam em super forma ou eu estava pessimamente, pois fiquei um bocado para trás nos primeiros 400 metros. No entanto, foi só aquele sprint inicial e o efeito do fato a fazer efeito nas pessoas. A partir dos 500 metros já estava em terceiro da geral (corridas de 3 e 5 km) e a aproximar-me e em primeiro na minha prova.

Eu até tinha começado bem arranjado...
Como se pode ver fui a prova toda a segura das calças para elas não me caírem o que deu todo um novo aerodinamismo aqui ao menino.

Na altura em que era suposto eu virar para fazer a 2ª parte da prova tive de parar pois ouvi as pessoas a chamar o meu nome. Aparentemente, todas pensavam que me tinha enganado e que devia continuar em frente em vez de dar meia volta para a meta. Depois de eu ter gritado, a correr, que estava na prova de 3 km lá continuei a ver se metia algum ritmo decente.
É aqui que eu viro?
Até ao fim da prova tive um bicicleta a abrir-me caminho para os atletas que vinham em sentido contrário não baterem em mim.

Acabei os 3 km da prova em 10:41, o que dá um ritmo de 3:38 / km, o que nem é mau tendo em conta a falta de aquecimento e eu não ter querido forçar demasiado o tornozelo, que por sinal não se queixou. Mais detalhes da prova no Garmin ou no Strava.

Acabei por vencer a minha prova com quase 1 minuto de avanço para o 2º classificado, encerrando assim da melhor maneiras as minhas provas no Canadá.

Depois de ter demorado 10 minutos a aquecer a mão que veio a agarrar o fato a prova toda, foi altura de uma massagem pois tinha os músculos muito tensos por não ter aquecido.

Seguiu-se a entrega das medalhas e a despedida dos meus amigos de corridas canadianos.
Última medalha em solo canadiano.
Na semana seguinte (a minha última no Canadá), foram mais 3 dias de sessões bidiárias na piscina e os últimos 3 dias fui experimentei correr na passadeira. Não senti dores, sem bem que ainda sinto qualquer coisa no tornozelo. Terça já tenho consulta marcada para ver se me devo preocupar em demasia ou não.

Depois de uma odisseia de meio dia para chegar a Portugal escrevo este post já em casa e é possível que alguns de vós me tenham visto no Jornal das 8 da RTP à chegada ao aeroporto de Lisboa. Diga-mos que não era muito difícil reconhecer :)
Algumas das recordações que levei deste últimos meses.
Até ao próximo post,bons treinos e melhores corridas.

João



sábado, 22 de novembro de 2014

Quando o frio aperta!

Não contava fazer o post sobre treinar ao frio tão cedo, mas tendo em conta as condições climatéricas desta semana, acho que estava mesmo a pedir.

Apesar de nas semanas anterior já se terem sentido temperaturas negativas esta semana foi demais.

Terça-feira era dia de bidiário e às 6 da manhã já estava à porta de casa pronto para ir começar. Mas antes de isso acontecer ainda ponderei bastante se o ia fazer ou não. É que quando olhei para o telemóvel para ver qual a temperatura que estava dizia -13º C!

E sabem como nos dias de primavera ou verão está uma certa temperatura mas que com os factores envolvente (humidade, vento, etc) a temperatura que nós sentimos é maior ou menor? Pois bem, segundo os dados da metereologia aqui, devido à neve que caía e ao vento que se fazia sentir (50 km/h) a temperatura que iríamos sentir seria semelhante a -27 ºC!!!

Ora sabendo o que me esperava tinha de me vestir apropriadamente para ver se não ficava congelado a meio do percurso.

A vestimenta que tenho para este tempo é constituída por uma camisola interior térmica (utilizada em desportos de neve) que comprei em França por estar em promoção. As minhas velhinhas calças térmicas que já fizeram centenas de kms a acompanhar-me. Depois outro par de calças, mas estas eram impermeáveis para ver se ajudava um pouco a cortar o vento. Além disso mais uma camisola grossa de corrida e por fim o impermeável que vai sempre comigo quando esteja o mínimo de frio.
Além disso ainda meto 2 pares de luvas e a lanterna para poder ver onde ando.

A semana passada chegou-me o meu último acessório: uma balaclava. A ideia é boa: proteger a cara e deixar apenas espaço para os olhos mas para mim durou 5 minutos. Isto porque assim que comecei a correr estava quase a desmaiar devido à falta de oxigénio. Posto, isto tive de tirar a balaclava e correr sem nada na cabeça.

A balaclava. Sempre fica para se usar na rua já que não posso usá-la nos treinos.
Um pequeno aparte: parece que anda tudo maluco com as 50 sombras de Grey. Se conhecerem alguém que goste do género e que goste de correr ofereçam-lhe uma balaclava e digam para ir correr 10 minutos para a rua. Imagino que algo do género de auto-asfixia erótica é capaz de acontecer durante o treino. Fica a sugestão... :)

Ora, depois de ter saído de casa, ter começado a correr e ao fim de 5 minutos ter tirado a balaclava até nem me sentia muito mal. O problema foi quando desci para o parque onde costumo fazer uma volta pequena. Mas acabei a descida tinha neve pelos tornozelos, mas teimoso como sou decidi fazer o restante km a pensar que se calhar aquilo melhorava lá para a frente. Na verdade melhorou quando saí do parque mas só a parte da neve, porque quando fiz o retorno para regressar ao ponto de partida apanhei com o vento tudo de frente e com a neve toda a bater-me na cara.

Nessa altura pensei que me fossem cair as orelhas porque estas já me estavam a arder do frio e foi assim com aquele vento todo e eu a esforçar-me ao máximo para que os 2 km naquele segmento acabassem que tive de me meter em modo sofrimento para passar nessa zona. Note-te que quando digo que me ia a esforçar ao máximo estava  a fazer ritmos de 5:00 ou 5:20 ao km. Só para terem uma ideia do giro que foi.

Assim que passei essa parte e deixei de sentir o vento de frente foi carregar no pedal até casa. Novamente carregar no pedal implica ir um pouco abaixo dos 5:00 ao km porque com tanta neve fico a fazer uma espécie de treino em areia.

No treino da tarde estava planeado fazer 10 rampas de 100 metros e a zona que eu escolhi para as fazer distava cerca de 20 minutos a correr. O vento e o frio continuaram o dia todo (-13 ºC de temperatura e sensação de -27 ºC), o problema agora é que a neve caía ainda com mais intensidade e muito mais pequena. Quando uma pessoa vê isso nos filmes até pensa que é giro, agora quando é para ir treinar/trabalhar ou algo do género já não fica com essa ideia.

Após chegar a meio do percurso fui obrigado a voltar para trás. Além de não conseguir ver um metro à minha frente o vento era tanto que parecia que estava a andar e não a correr. Mal me virei para lado oposto foi desatar a correr sem esforço por causa do vento que me empurrava. Acabei por fazer as rampas noutro sítio sem bem que na modalidade de esqui alpino pois eram rampas + neve + frio tudo ao mesmo tempo.

Outro problema crítico é além da neve é o gelo que se encontra na estrada. Por esse motivo os treinos de corrida contínua têm sido um problema porque a maior parte do tempo estou a tentar manter o equilíbrio, daí que não dê para fazer os ritmos inicialmente previstos.

Na quinta era dia de treino intervalo em pista, ou pelo menos era isso que eu esperava. Assim que saí de casa para aquecer fui directo à pista ver como estava. Mas haver pista era mentira, uma camada de neve com mais de 20 cm tapava-a completamente e nem um vislumbre das marcações. Resultado: treino intervalo feito na passadeira do ginásio. Claramente que não é o mesmo, mas tem de servir para remediar.

À tarde as estradas já estavam um pouco mais limpas e depois para fazer um treino ligeiro de corrida antes de ir fazer trabalho de pliometria.

Outra coisa que agora me tem acontecia é acabar os treinos com a cara gelo com barba, pestanas incluída. Tentei tirar uma foto a mim próprio mas o tempo de chegar ao telemóvel faz com que o gelo derreta. Fica uma foto que é bastante semelhante.

Não sou eu, mas garanto que quando acabo de treino estou igual! :)
E pronto fica aqui um gostinho sobre como é treinar nesta temperaturas negativas. Em princípio as temperaturas irão subir um pouco (para -2/-3 ºC) e o neve deve derreter, pelo que será para aproveitar para fazer treinos a ritmos mais alto, enquanto o inverno não chega de modo definitivo.

E mais um pequeno aparte que não tem nada a haver com isto, mas que ajuda a pôr as coisas em perspectiva: percam, ou melhor ganhem 12 minutos a ver este pequeno documentário. É por estas coisas que se percebe que queixar porque está demasiado frio ou chuva é algo menor quando comparado com outras coisas. Vale tanto a pena ver.



Até ao próximo post, bons treinos e melhores corridas.

João

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

RememberRun 8 km - Porque recordar também é viver

Tal como o nome indica esta era uma prova para recordar. Neste caso os combatentes participaram nas Guerras pelo Canadá.

Num dia que começou naturalmente frio apanhei boleia de uma portuguesa que vive perto de mim (Natalie) e lá fomos para a prova em amena cavaqueira na nossa língua materna.

Depois de um aquecimento e de fazer alguns exercícios de técnica de corrida fui para a linha de partida onde iriam ter início as cerimónias que marcavam este dia. Após ter sido cantado o hino e de um responsável pela organização ter feito um pequeno discurso sobre o significado daquele dia estava tudo pronto para começar mais uma prova.

Tal como habitualmente havia 2 provas distintas a decorrer em simultâneo: 5 e 8 km. Os percursos eram semelhantes até ao quilómetro 3.5 e depois cada prova seguia em caminhos diferentes. No percurso dos 8 km (aquele que eu fiz) tínhamos cerca de 6 a 6.5 km em alcatrão num percurso não muito sinuoso e cerca de 1.5 km em corta-mato.

Nesta prova além dos habituais atletas de pelotão havia 2 estrelas que se decidiram juntar à festa: 2 atletas olímpicos pelo Canadá (um homem e uma mulher). Só por aí já se sabia como iria acabar a corrida e a questão era ver quem perdia menos tempo para eles :)

Imediatamente antes de se dar o tiro de partida calhou de passar um comboio de mercadorias exactamente onde a prova ia passar. Então lá estivemos cerca de 3 minutos a olhar para um comboio que nunca mais acabava à espera que tivessemos o caminho desimpedido.

Assim que foi dado o tiro de partida os atletas mais rápidos dos 5 km foram para a frente. A minha estratégia para este dia passava por fazer um treino a um ritmo forte do início ao fim pelo que tentei sempre meter o pé no acelerador.

Após o 1º km tinha comigo outros 3 atletas, sendo que 2 deles já eram meus conhecidos - o Nick que veio sempre comigo na Oktoberfest e a Erin que nessa prova também se aguentou até cerca dos 8 km. Como o meu objectivo era tentar forçar o andamento o mais que podia após o 1º km fui para a frente do grupo e à entrada para o 2º km tentei dar um puxão para ver se eles conseguiam seguir comigo ou não. Como não descolaram lá fomos todos por ali fora.
Já a liderar o grupo onde me encontrava.
Entretanto não sabia bem em que posição me encontrava pois não sabia quem é que estava a correr os 5 ou os 8 km. No entanto, a atleta olímpica estava no meu campo de visão o que nem era muito mau.

Aos 3.3 km houve a separação das corridas e foi aí que se começou a fazer uma das parte do corta-mato. A chuva que caiu na noite anterior tornou o chão muito instável e foi uma luta para não cair ou tropeçar nessa zona. O resultado foi que o ritmo baixou um pouco e ainda consegui pontapear-me uns quantas vezes por perdas momentâneas de equilíbrio.

Após sairmos dessa secção ainda continuávamos todos juntos comigo a liderar o grupo.
Após cerca de metade da prova concluída.
À entrada para o 6º km e aproveitando uma ligeira subida aproveitei para tentar distanciar-me do grupo onde estava pois não queria ter outra vez a surpresa de estar a prova toda a puxar por alguém e depois perder posições por causa disso.
Altura do ataque perto dos 6 km.
Foi uma boa decisão pois ninguém conseguiu responder e deu para eu sair por ali fora. Nesta altura já não vinha ninguém à minha frente a não ser os atletas dos 5 km que estavam a ser dobrados, mas sabia que tinha atletas com avanço sobre mim.

No último km, sem saber se tinha alguém perto de mim ou não, nova mudança de ritmo para manter-me fiel ao plano traçado para este dia. A meta estava à vista e desta vez não me ia deixar ser ultrapassado no final!
Uff! Mais uma prova de preparação bem sucedida.
Acabei os 8 km da prova em 29:30 o que dá um ritmo de 3:40 / km. Tendo em conta a zona de corta-mato que apanhámos e o percurso que era dou-me por satisfeito com este resultado. Mais detalhes da prova podem ser consultados no Garmin ou no Strava.

Em termos de classificação acabei por ficar em 4º da geral e em 1º do escalão, o que deu direito a mais uma medalha para juntar à colecção canadiana :)
Naturalmente que a prova foi ganha pelos atletas olímpicos sendo que em masculinos tirou 4 minutos ao recorde da prova e em femininos 3 minutos. Outros andamentos portanto!
Mais uma medalha e esta é daquelas bem engraçadas!
Após a prova foi tempo de fazer uma massagem de comer para recuperar as forças. Foi bom conviver mais uma vez com parte dos atletas que fizeram comigo a ENDURrun os quais fazem sempre uma festa quando se reúnem.

Esta semana começa nova fase dos treinos com introdução de treinos intervalados e de rampas. Em princípio farei mais 2 provas aqui antes de regressar a Portugal, sendo que numa delas pretendo usá-la como verdadeiro teste à minha forma após cerca 3 meses de treinos.

Até lá deverei fazer um post sobre os treinos ao frio que vou fazendo aqui, pois as temperaturas negativas já se sentem e penso que será giro escrever sobre isso.

Até lá, bons treinos e melhores corridas.

João


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Horror Hill Trail Run 25 km - Uma vitória saborosa :)

Um treino longo e com um ritmo mais ou menos forte. Era esse o meu objectivo para este último Sábado, naquele que deverá o meu treino mais longo até ao fim do ano.

A primeira coisa a salientar é que pensava que a prova era no domingo e o plano de treinos para esta semana foi feito nessa perspectiva. Quando descobri que afinal era um dia antes do previsto, lá teve de ser mas não houve nenhuma alteração no plano inicial pois o objectivo era fazer mais uma prova de preparação.

O dia começou fresquinho, não tanto como, já tem sido hábito, mas ainda assim fresco. Às 7 e 45 da manhã estava a apanhar boleia para a prova pois o autocarro que passava mais perto do local da partida ficava a cerca de 4.5 km.

Depois de me equipar e fazer um ligeiro aquecimento para conhecer o percurso desloquei-me para a partida da prova.

Os 25 km iriam ser percorridos em 10 voltas, num percurso com uma extensão de 2.5 km. Quanto ao perfil da volta esta consistia numa seção inicial com descida ligeira até darmos a volta a um pequeno lago. Depois surgiu uma “parede” com cerca de 20 metros que fazia perder o embalo com que se vinha. Depois dessa “parede” mais umas subidas durantes não muito acentuadas até à placa de 1 km. A partir daí e até ao fim da volta era um sobe e desce constante, mas sem enormes variações de altimetria.

O percurso era bastante giro pois estamos no Outono e as folhas das árvores cobrem todo o trilho. Isso obriga a uma atenção redobrada de modo a ver onde colocam os pés para evitar surpresas com os troncos e pedras escondidos.
Um pouco do tipo de ambiente que nos rodeava.
Neste dia ocorriam 5 provas em simultâneo: 5, 10, 25 km e ainda 3 e 6 horas a correr. Apenas conhecia 2 dos atletas ali presentes e que iriam competir (ou pensava eu) directamente comigo.
Após o tiro de partida 3 atletas foram para a frente da prova e eu fiquei um pouco atrás a ver no que isto ia dar. Pensava que os 3 estavam a competir directamente comigo nos 25 km e pelo ritmo que estavam a impor decidi não acompanhar logo para não me dar o abafo demasiado cedo.
Início da prova.
Na 2ª volta comecei a ver que a tal parede não estava a ser muito fácil de passar para os atletas da frente e nessa seção até à marca do 1º km apertei um bocado o ritmo para me chegar mais à frente. Nessa altura subi a 3º da geral. No fim da 2ª volta vi o primeiro atleta a encostar na meta: a prova dele era de apenas 5 km! Bem, assim passei a 2º da geral com cerca de 10/20 metros de diferença para o primeiro classificado. Novamente na zona da parede novo ataque e passei directo para a frente para não correr o risco de lhe dar boleia por ali acima. Vi que ele não conseguiu acompanhar e então forcei mais um pouco para aumentar a distância que no separava.

Nesta altura já estava a ultrapassar muitos atletas que estavam nas restantes provas o que implicava m atenção redobrada a onde colocar os pés durante a prova. 
Já na frente da prova.
As restantes 2 voltas não tiveram grande história indo sempre eu na frente sozinho. À passagem para a 5ª volta, vi que o atleta que eu tinha passado na 3ª volta também já tinha encostado, ou seja, a prova dele era a de 10 km! Pensei se não teria forçado o ritmo demasiado cedo na prova, mas depois convenci-me que me tinha de aguentar à bomboca por ter arriscado tão cedo na prova.
Já me estava a dar o calor então os apetrechos para o frio tiveram de sair.
Uma das coisas boas deste percurso é que na passagem do lago dava para ver quem vinha atrás pois era um ponto de cruzamento de percursos. E já tinha reparado que o Dave (o único atleta que conhecia de outras corridas) estava com cerca de 150/200 metros de atraso para mim e que tinha sempre a companhia de outro atleta (Neil). O meu objectivo passava por a cada volta tentar, no mínimo, manter essa distância naquele ponto.

A cada volta que fazia e consequentemente a cada “parede” que transpunha as pernas iam ficando cada vez mais pesada e as transições para as zonas de plano já não saíam tão naturalmente. Foi altura de cerrar os punhos e carregar comigo por ali acima sempre que o corpo ficava mais pesado. Nas voltas 6, 7 e 8 a distância entre mim e o Mark continuava bastante constante e eu achava que se não estava fácil para mim então também não devia estar para eles.
Entrada para a 7ª (?) volta.
Foi com o pensamento de vitória na cabeça que fiz as últimas duas voltas. Só pensava coisas do tipo: “depois de estar na liderança tanto tempo não ia ser agora que vais ficar para trás” ou “se acordas todos os dias às 5:30 para treinar é bom que hoje vás buscar os frutos desse trabalho”. Bem pensado e melhor feito, na última passagem pelo lago vi que a distância continuava a mesma e senti que iria ganhar a prova. Os últimos 200 metros foram a sorrir para a foto na linha de chegada :)

Acabei a prova com um tempo final de 1:48:22, o que perfaz um ritmo de 4:21 no total dos 25 km. Na verdade o Garmin apenas marcou 23.90 km, mas quando fui fazer a minha voltinha ao percurso para fazer recuperação activa tive a marcação de 2.5 km da volta, por isso o problema era as muitas curvas e a vegetação que ainda restava.
Fim de mais uma prova e com uma vitória saborosa.
Entre a volta mais lenta e mais rápida foram cerca de 30 segundos de diferença o que indica um ritmo algo certinho do princípio ao fim. Mais detalhes da prova podem ser visto no Garmin ou Strava.

Seguiu-se depois não uma mas duas massagens, pois cerca de 1 hora depois da primeira massagem e de ter ido fazer uma volta a pé ao percurso para apoiar os atletas das 6 horas as dores musculares apareceram e lá fui eu sofrer mais um bocado nas mãos dos terapeutas.

Ainda hoje, 2 dias depois da prova, sinto dores musculares algo que já não me acontecia há imenso tempo.

Na entrega dos prémios ainda recebi um vale de 50$, pela minha classificação, para gastar em material desportivo e uma camisola técnica. Nada mau :)

Agora é continuar a treinar e a suportar o frio que agora de avizinha.

Para quem estiver interessado: criei uma conta no Twitter!

Até à próxima, bons treinos e melhores corridas.

João

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Oktoberfest 2014 - 10 km

Frio, muito frio. Era com uns agradáveis 0 ⁰C que ia fazer a segunda prova de preparação desta época. Estava englobada nas festividades da Oktoberfest e tinha uma extensão de 10 km.
Mais um dia, mais uma corrida.
De manhã cedo dirigi-me para apanhar o autocarro que me ia levar para a partida, localizada num centro comercial aqui da zona. Estava bem atafulhado de roupa devido às temperaturas baixas que já se fazem sentir. Chegado com cerca de 45 minutos de antecedência fui para dentro do centro comercial esperar a altura em que tinha de ir colocar a roupa no camião que iria fazer o transporte da mesma até à meta. Após perguntar se podia lá passar 5 minutos antes da prova disseram-me que não porque estaria muita gente na fila e poderia ser problemático para dar vazão a toda a gente. Assim lá tive de me despir ali na rua, deixar as coisas e dar uma corrida para o quente do centro comercial.

Com cerca de 30 minutos para começar a prova e tendo em conta o frio que se sentia decidi aquecer dentro do centro comercial. Lá fui eu andar às voltas durante vinte minutos a ver as montras e depois fazer os exercícios de técnica de corrida e variação de velocidade nos corredores maiores. Com 5 minutos para começar a corrida achei que estava numa boa altura para me dirigir para a partida. Esses 5 minutos de espera puseram-me novamente gelado e nem com corridas de um lado para o outro aquecia: teria mesmo de esperar pelo começo da prova.
A tentar não sofrer muito com o frio antes do início da prova.
Nesta prova havia 2 competições distintas: 5 e 10 km. Primeiro arrancava a prova de 10 km e cinco minutos depois a prova de 5 km que teria a parte final do nosso percurso.

Após a tiro de partida rapidamente a prova ficou dividida lá à frente com 5 atletas, comigo incluído. Os 2 primeiros estavam com alguns metros de avanço e eu ia a liderar o outro mini-grupo. No meu grupo ia o Mark que já tinha competido comigo na ENDURrun e o Nick que já tinha feito outra provas comigo, mas que acabava sempre por quebrar nos kms finais das provas. Estava a ver quando seria que o Nick iria acabar por quebrar e me deixasse ir sozinho com o Mark mas nem com variações de ritmo ele me deixava ir embora e então continuámos sempre juntos.


A passagem aos 5 km foi feita em 18:16. Até essa altura ainda tinha as pernas (e não só) muito frias. Só a partir do 6º km é que comecei a sentir um pouco menos de frio. A cerca de 3 km para o fim da prova começaram a suceder-se os ataques para ver se alguém ficava para trás. Como até aqui tinha sido sempre eu a manter o ritmo no grupo deixei os ataques acontecer e ia respondendo como podia. 

Num desses ataques o Mark ganhou uma vantagem de cerca de 20 metros e preferi não ir ao choque e tentar recuperar nos últimos metros. 
Sempre acompanhado pelo Nick.
À entrada do último km foi a vez do Nick atacar tendo ganho alguns segundos de vantagem em relação a mim. Esta parte final da prova acabava a subir e quando vi que os últimos 500 metros eram a subir seguidos de uma ligeira descida para a meta meti uma mudança a abaixo e fui em busca do Nick e se possível do marca. Nos últimos 100 metros tinha uma vantagem de cerca de 10 metros para o Nick e acabei por relaxar o ritmo. Esta distração custou-me uma posição na classificação, pois ele ainda me conseguiu passar mesmo em cima da meta, tendo nós os dois acabado com o mesmo tempo e a escassos 6 segundos do Mark. É sempre um momento de aprendizagem para as próximas provas: não baixar a guarda até passar a linha de meta.

No final acabei por conseguir um novo recorde pessoal aos 10 km com um tempo final de 36:37, o que dá um ritmo de 3:40 / km. Tendo em conta que desde o início da época apenas fiz 3 treinos de fartlek e nem um de séries e que tenho carregado nos treinos de força, estou bastante satisfeito com o meu resultado. Senti que tinha pernas para um pouco mais, ao contrário do que tinha acontecido na prova anterior, mas tendo em conta que estava a lutar por um lugar na geral decidir focar-me mais nesse aspecto. Além de que nem sabia o tempo que estava a fazer, mas isso é outra história. Mais detalhes da prova podem ser visto aqui (Garmin) ou aqui (Strava).

No final acabei em 5º lugar da geral e em primeiro do escalão. A melhor parte foi que pela primeira vez recebi um prémio monetário pela minha classificação. Foram 75$ que serão usados para comprar roupa quente para treinar pois está para vir o tempo frio com temperatures de -10 ou -20 ºC.

A receber o prémio monetário pela classficação geral. Foi um dia bem bom!
Agora, a próxima prova será no sábado com 25 km em trail, numa prova chamada Horror Hill Run. para fazer um treino longo a um mais ou menos elevado. Resta-me esperar que não chova para não tornar o percurso num pântando.

Até lá, bons treinos e melhores corridas.

João


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Laurier Loop - 10 km

Aí veio a primeira prova mais a sério da época. Eram 10 km num percurso de 2.5 km repetido por 4 vezes.

O dia começou bem quente (parece que o Verão decidiu chegar agora) e uma das particularidades desta prova era o facto de ter também uma competição de 5 km e prova por estafetas de 4 elementos. 
Logo daria para tentar seguir esses atletas que iriam necessariamente colocar ritmos mais rápidos.
Após um mês de treinos, ainda que não muito puxados e sem qualquer trabalho de fartleks ou séries, vinha com o objetivo de fazer um treino mais duro e a ritmos que ainda não tinha experimentado esta época.

Após o início da prova fui para o grupo da frente mas rapidamente os atletas mais fortes da estafeta foram embora. 
1ª volta da prova
Acabei por ficar colocado a um atleta dos 5 km que só se conseguir distanciar nos últimos 500 metros da sua prova. O percurso escolhido estava longe de ser dos mais fáceis. As subidas que havia, apesar de não serem muito longas tinham a capacidade de fazer mossa especialmente a partir da 3ª volta. O facto de haver também muitos atletas a serem dobrados não ajudou pois era necessário ou estarmo-nos a desviar ou a pedir para saírem da frente.
A meio da 2ª volta
Os últimos 300 metros de cada volta eram feitos em pista de tartan o que trazia toque diferente a esta prova.

3ª volta e já a sofrer
No que diz respeito à prova propriamente dita e após a entrada na 3ª volta acabei por ir sempre sozinho e vendo a algumas dezenas de metros o atleta que estava em primeiro lugar e que parecia estar a quebrar com a distância percorrida. O problema é que eu também não tinha muito mais nas pernas para dar daí que até ao fim da prova só deu para ir reduzindo a distância gradualmente.
Nos últimos 1500 metros onde já só queria que a prova chegasse ao fim!
Pela conversa é fácil perceber que acabei em 2º lugar da geral e em 1º no meu escalão. O tempo no final foi de 38:29 para 10.36 km. Pelo que a passagem aos 10 km dava um tempo de 37:13, o que até nem é muito mau para abri a época. A prova pode ser vista aqui (Garmin) ou aqui (Strava).
Na recta da meta.
Depois da prova foi novamente a correr para casa fazer uns alongamentos rápido e meter-me no banho para sair de casa o mais rápido possível de modo a poder apanhar o autocarro que me ia levar ao aeroporto (desta vez uma visita em trabalho aos Estados Unidos da América).

Agora é continuar a trabalhar até à próxima prova que será daqui por 2 semanas.

Até lá, bons treinos e melhores provas :)

João

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Harvest Half - Marcador de ritmo para 2 horas

A primeira prova da época (ainda que muito a brincar) foi uma meia maratona realizada no passado domingo. Esta tinha a particularidade de me terem convidado para marcar ritmo de modo a terminar a prova em 2 horas.
Para mim seria um treino longo a um ritmo que não estou habituado e que sabia que para poder acabar a prova no tempo pretendido teria de estar sempre a olhar para o relogio de modo a controlar o ritmo.
O dia começou bastante chuvoso e foi assim que sai de casa para fazer 40 minutos de bicicleta (como parte do treino) até ao local da prova. Cheguei com cerca de 5 minutos de antecedia, com tempo para guardar as minhas coisas e para colocar o adereço que mostrava ao que vinha.
Aí vai o pace bunny
Com o decorrer da prova e com o ritmo controlado acabei por ter apenas 2 pessoas sempre ao meu lado. Algumas ou iam sempre um pouco a frente e quando eu as apanhava fugiam outra vez ou outras vinham sempre atrás.
Os meus companheiros de corrida
Por volta dos 18 km já me estava a sentir muito pesado devido ao facto de este tipo de passada não me ser nada natural dai que só desejasse que a meta chegasse o mais rápido possível. Na verdade até podia chegar bastava apenas eu deixar-me ir a vontade, mas como tive sempre aqueles 2 companheiros decidi não os deixar sozinhos.

A cerca de 1.5 km da meta o homem que vinha comigo teve problemas musculares e acabou por ficar para trás, ficando apenas comigo a atleta feminina. Depois de fazer algumas contas rápidas de cabeça disse-lhe que era possível que tivéssemos de fazer cerca de 100 metros a um ritmo mais rápido para chegar abaixo das 2 horas ao qual ela me respondeu que já estava a passar mal e para eu ir sozinho de modo a cumprir o tempo pedido.aí

Aí disse-lhe que já que tinha vindo com ela o tempo todo não era agora que me ia embora e la fui eu a fazer de reboque até cerca de 300 metros da meta onde depois de ver o tempo que faltava lhe disse que dava para chegarmos antes das 2 horas. Aproveitou então para na recta da meta fazer um pequeno sprint de modo a ficar claramente abaixo das 2 horas enquanto que eu mantive o meu ritmo tranquilo.
A terminar a prova
No final acabei com um tempo de 1:59:56 e sem fazer aldrabices do tipo andar até à meta :) O que foi bom pois foi aquilo que me foi pedido.

Depois de 10 minutos de confraternização com alguma atletas que tinham participado na ENDURrun e ter reabastecido energias com 2 bagels meti-me novamente a caminho para mais 40 minutos de bicicleta até chegar a casa onde acabei por fazer os alongamentos e descansar um pouco.

E pronto, foi isto. Foi giro, mas da próxima não me aventuro a fazer ritmos tão baixos.

Até à próxima e continuação de bons treinos e boas corridas :)

João 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Nova época e novas experiências

Depois de duas semanas de descanso da corrida recomecei a treinar de modo leve para começar a nova temporada que se avizinha.

Esta temporada tem logo uma mudança significativa à cabeça que passa pela mudança de treinador, devido à indisponibilidade do meu antigo treinador me orientar esta época. O treinador da Universidade onde trabalho escolheu treinar-me e espero que me ajude a continuar a evoluir. Novas metodologias de treino já começaram a ser postas em prática mas isso ficará para um outro post.

Depois de 2 semanas a treinar de modo muito calmo (apenas corrida a ritmo de passeio) aproxima-se a primeira “prova” da época: uma meia maratona. Digo prova entre aspas pois esta não será uma prova onde eu vá competir directamente uma vez que a organização da mesma me ofereceu lugar na mesma para fazer de pacemaker.

Como é a primeira edição desta prova e por ser em terra batida já tinha gosto em entrar mas tendo em conta que a inscrição passou a ser gratuita e o ritmo a que vou vai ser necessariamente lento (caso contrário sei que provavelmente me iria esticar um bocado no andamento e ainda é muito cedo para isso) aceitei com muito gosto.

A contrapartida é o tempo final que me pediram que fizesse… 2 horas. Ora isto dá um ritmo de 5:40 / km algo que costumo fazer quando ando a aquecer em dias muito maus. Estou a ver que vou ter de estar a olhar constantemente para o relógio de modo a não falhar o ritmo pretendido, mas também não há de ser nada :)

Englobado nesta situação de ser pacemaker para esta prova a organização da prova resolveu entrevistar-me e colocaram a entrevista no seu site. Mais uma coisa nova para juntar a tudo o que tenho feito de novo aqui no Canadá.

No próximo post pretendo falar de como foi a experiência nesta prova.

Até lá bons treinos e boas provas.

João

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

ENDURrun 2014 - Toda a corrida em imagens

Depois da inesquecível ENDURrun e de modo a encerrar esta experiência resolvi agora mostrar, por meio de fotos, o decorrer de todas as etapas e fazer uma espécie de memória fotográfica desta prova.

Etapa 1 - Meia maratona

Foi aqui que tudo começou. Na linha da frente acabaram por ficar os 7 primeiros classificados da geral.

Passagem aos 8 km. Pelo sorriso dava para ver que estava fácil.

Passagem aos 15 km. Já em modo mais concentrado.

Último km da meia maratona. À esquerda da imagem é possível ver o meio típico de transporte dos Amish.

Chegada à meta e final da meia maratona.

O trabalho de hoje estava feito!

Etapa 2 - Contra-relógio 15 km

Concentração antes do contra-relógio

Altura em que o meu nome passou a ser J (Jay) em vez de João dada a dificuldade de pronúncia.

Passagem aos 4 km, estava novamente fácil.

Já no retorno para a meta em modo "mais a sério".

Perto da chegada à meta, a dar tudo.

Etapa 3 - Corta-mato 30 km

Pensativo sobre aquilo que me ia esperar neste dia.

A ponderar se devia ir com o grupo da frente ou não... E fui!

Já no grupo da frente depois de os ter consigo apanhar.

Foram mais de 22 km na companhia destes tipos.

Não sei o que se passou aqui... Mas tinha de meter esta foto por ser tão cómica.

Já na última volta, sozinho. Este foi o tipo de percuso que me fez gostar e querer apostar mais em provas de trail.

30 km depois já não havia mais nada para dar (nesse dia só).

Atenção aos pormenores: depois de uma prova dura e com tanto calor e humidade este gesto sabe tão bem.

Etapa 4 - 10 milhas sobe e desce

Início de mais uma etapa.

Grupo que se formou após o líder da prova ter ido para a frente sozinho com 2 atletas da estafeta.

Após 6 km de prova, lancei o meu ataque a meio de uma subida. Ninguém conseguiu responder.

Em modo "sofrimento" para fechar a distância que me separava do grupo da frente devido ao muito vento contra que se sentia.

Altura em que finalmente cheguei à frente da corrida.

Novo ataque, desta vez a descer. Só o atleta da estafeta me acompanhou.

Ataque final nos últimos 400 metros a subir. A caminho da vitória!

Felicidade pela vitória na etapa!

Etapa 5 - 25.6 km Corta-mato de montanha
Correr para cima e para baixo numa pista de esqui? 5 vezes e com muitas subidas pelo meio? Vamos a isso!

Antes da partida, um pouco preocupado com o que aí vinha.

Aí está uma das razões que me preocupavam! E sim, vou à frente do grupo.

Nas primeiras 2 voltas eu, o Christian e o Stefan ainda tivemos companhia.

Depois disso ficou o grupo do costume.

A rir antes de fazer a subida grande? Porquê?

Porque a cada volta havia um "encorajamento" destes à nossa espera!

Na topo da subida andar era a opção mais correcta.

Última volta, já a sofrer sozinho.

Mais alguns metros e mais uma etapa finalizada!

Etapa 6 - Contra-relógio 10 km
Logo após o início da corrida. Hoje não era dia para forçar pois faltava a maratona no dia seguinte.

Aos 4 km de prova e perto de ser apanhado pelo Stefan. Demasiado relaxado já a pensar na maratona.

Depois de apanhado pelo Stefan foi altura de partimos pedra juntos para ir buscar o Rick que tinha partido 1 minuto à minha frente.

Esforço final só para não dizer que fui dobrado pelo Stefan.

A conversa era algo do género "Não estava à espera de ir tão rápido hoje!".

Antes da massagem, passagem pela piscina para ajudar à recuperação.

A trocar impressões com o Christian (vencedor da etapa).

Etapa 7 - Maratona
E para acabar onde começou: a maratona!

Não tardou a que se formasse o grupo do costume na frente da corrida.

E lá continuámos até perto da marca da meia maratona.

Depois do susto pouco antes do meio da prova acabei por fazer a 2ª metade da maratona sempre sozinho. Mas pela cara ia fácil.

Nem parecia que tinha acabado a minha primeira maratona e que vinha com 160 km de competição na última semana!

E aqui sim, pude dizer que eu sou um "Tough Runner"!

Desportivismo sempre presente.

No final, a melhor das companhias.

Entrega dos prémios referente ao 5º lugar na geral e discurso de agradecimento. E claro, a representar Portugal!

E pronto, foi isto! Um dia quero voltar!