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quinta-feira, 12 de março de 2015

Campeonato Nacional Universitário de Corta-Mato Curto

"Para aprender a não me meter em situações onde não sou chamado".

Pode ser esta a frase que resume a minha participação no passado sábado no Campeonato Nacional de Corta-Mato Curto realiazado na Guarda. Mas já lá vamos.

Esta prova já estava marcada como um dos objectivos de participação para esta época pois é sempre uma hipótese de correr com malta que anda muito mais que eu e pode ser que eu apanhe boleia pelo menos no início deste tipo de provas.

Fui novamente representar a minha Universidade e tendo em conta a localização da prova aproveitar para passar "quality time" com a minha fã número 1 durante 3 dias.

No sábado lá nos dirigimos para a prova que estava marcada para começar pelas 12:40. Estava um bom dia de sol, se bem que à hora da prova o calor já era mais que muito para esta altura do ano.

Depois de ver as raparigas da minha Universidade fazer a prova delas comecei a aquecer e foi-me dito que não estavam a deixar levar relógios com GPS para a linha de partida. O motivo para isso era desconhecido. Depois de terminar o aquecimento decidi não arriscar e deixei o relógio.

Já sabia que iam ser 4 km sempre a carregar no pedal e que o início seria logo em ritmo muito forte. Além de que não ter o relógio não me permitia ver qual o ritmo a que ia e gerir o esforço em função disso. O que podia acontecer era algo como acontece nos 3000 metros de pista coberta: ir demasiado rápido e dar-me o abafo a meio da prova.

Bem dito, melhor feito. Após o início da prova foi um sprint maluco de cerca de 500 metros até ficar na zona de engarrafamento do percurso devido aos muito atletas e ao estreitar da zona por onde passávamos. Nem tenho ideia do ritmo a que andei no primeiro km mas tenho a ideia que anda abaixo do ritmo que ando a fazer para treinos de séries.


Ora isto havia de ser pago em alguma altura da prova. Após os 2 km foi vir por aí e abaixo e no último km foi quase a andar para trás.

Assim que acabei a prova foi dores e mais dores na pernas devido à acumulação de ácido lácteo. Nunca passei tão mal depois de uma prova. Acho que o facto de o piso da prova ser muito irregular e forçar a fazer muito força no chão também ajudou.

Já estava a acabar o sofrimento (Foto de Jorge Oliveira)
Acabei com o tempo de 14:40, terrível portanto.

A nossa equipa (Foto de autor desconhecido)
Mas pronto, foi mais uma boa experiência e serviu para aprender mais qualquer coisa.

Para a semana há mais!

Até lá, bons treinos e melhores corridas.

6 comentários:

  1. Pois o grandes campeões, antigamente, não tinham GPS mas sabiam perfeita o ritmo a que iam mas isso é uma "arte" e com o recurso à electrónica perde-se.
    Penso que o impedimento do uso de GPS pode ter haver com regulamentos e o GPS ser considerada uma ajuda externa! Penso mas não tenho a certeza.
    Um abraço.

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    1. O GPS tem as suas vantagens e desvantagens e nas provas é muito raro olhar para o tempo quanto mais para o ritmo, mas em situações em que estejamos a passar mal pode sempre dar um indicativo do mal estar.

      Abraço.

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  2. Viva João, pelo que consegui perceber a questão dos gps terá a haver com a regra n. 144 do regulamento (ver link - http://www.fpatletismo.pt/Cache/Regras_de_Competic%C2%B8a~o__em_portugue%5Es__2014_2015_v2-18571.pdf) e com uma interpretação muito discutível da mesma. Vi um proeminente juiz de Lisboa (que tb é atleta) a insurgir-se contra, alegando que os gps, podendo funcionar como marcadores de ritmo, não eram formas de comunicar com exterior e por isso deviam ter sido permitidos. Mas como disse o amigo Branco, nada como treinar sem depender tanto da tecnologia e conhecer / controlar melhor o nosso corpo / ritmo.
    Abraço,
    NS (Sebastian Rerun)

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    1. É muito discutível esse ponto acho eu.

      Tanto que comunicar com o exterior pode ser simplesmente gritar para o público ou vice-versa.

      Mas sem dúvida que bom bom é mesmo habituar o corpo sem estar tão preso ao relógio.

      Abraço.

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  3. Bem com certeza foi uma prova de aprendizagem! Correr sem relógio deve ser realmente uma grande aprendizagem. Mas não duvido que conseguias fazer melhor! De qualquer forma parabéns!

    Um abraço!

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    1. Obrigado Vitor!

      Parece que o braço fica mais leve quando não se leva o relógio ahah

      Abraço.

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