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sábado, 19 de dezembro de 2015

Quando se corre na sauna

Já faz algum tempo que não escrevia nada no blogue. Tal deveu-se ao pouco tempo disponível para tal. Para compensar hoje sai uma coisa mais composta.

Ora durante o último mês estive fora de Portugal, mas concretamente fui para o Brasil em trabalho (para o bronze?). A estadia foi maioriamente na zona do Rio de Janeiro.

Depois de quase 9 horas de viagem e de me ter instalado no Rio fui fazer um treininho para desentorpecer as pernas. As diferenças para aquilo que estava habituado em Portugal eram óbvias pelo menos 27 ou 28 ºC de temperatura e muita humidade.

A primeira semana custou. Por mais lento que fosse sentia sempre que ia a puxar demasiado. Após cada treino e até à hora do almoço beber cerca de 2.5 a 3 litros de água não era incomum. A parte boa é que também havia água de coco à disposição.

Na zona do Rio onde eu estava (próximo de Copacabana e Botafogo) havia sempre os caminhos para os ciclistas que davam imenso jeito numa cidade onde parecem não haver grandes regras de trânsito. No fundo limitei-me a explorar toda a zona costeira da região fazendo uso destas ciclovias.

Na segunda semana da minha estadia havia um feriado duplo que começava a uma quinta. Decidi que iria usar esses dias para conhecer alguma região diferente. Mas como escolher o sítio? Toca a ir à lista de corridas e ver qual a que fica numa região que valha a pena visitar! Ficou assim escolhida uma das estapas do Circuito Fluminense de Montanha na região de Paraty. Depois de cerca de 6 horas de viagem para cobrir os cerca de 160 km de distância cheguei à cidade.

No dia antes da prova achei por bem tentar descansar ao máximo e foi isso que fiz.

Descanso activo!
No dia da prova mais uma viagem de cerca de 1 hora pelos caminhos rurais para chegar ao início da mesma. Como os autocarros para o sítio eram poucos cheguei cerca de 3 horas antes da prova o que me deu para me inteirar sobre a a mesma.

Esta fazia parte de um conjunto de corrida de trail da região e que vai rodando por todo o estado do Rio de Janeiro. Tentei ir saber mais detalhes do percurso e foi quando me disseram que era das provas mais técnicas e que tinha 2 subidas muito duras.

"Muito técnicas? Deve ser parecido com as de Portugal!". O problema era que tinha chovido torrencialmente na manhã desse dia e nos dias anteriores, tanto que a povoação estava ainda sem luz. Comecei a ver que toda a gente ia artilhada com equipamentos e especialmente com ténis de trail e eu comecei a desconfiar que os meus de estrada se calhar não iam ser os mais indicados... Mas também já não havia nada a fazer.

O meu objectivo da prova era basicamente fazer um treino mais durinho. Devido às condições que encontrei no Brasil não me precocupei em fazer treinos muito específicos. Basicamente foi rolar à vontade e de vez em quando abrir um pouco a passada no final dos treinos. Coisa interessante era que nos treinos sempre que ia para ritmos próximos dos 4:00 estava quase sempre a morrer, onde tudo me doia e não sabia porquê.

Depois de um mini-aquecimento começou a prova que continha 3 dentro de si: uma com 8 km, outra com 16 e outra com 24 km. A malta dos 8 arrancou forte e começou a esticar o pelotão. Dei por mim a seguir com eles sem problemas, até à zona onde eles seguiam por outro caminho.

Aí, mantive-me no grupo da frente e começaram as primeiras variações de terreno, mas até aí tudo fácil porque estavamos em terra batida. Ao fim de cerca de 5 km começamos a viragem para a entrada na mata Atlântica.

Aí sim, começou a doer. Cerca de 1 km de subida com inclinação média superior a 30%. Acho que corri uns 2 passos e acabou. Não dava. Além disso começou o meu outro problema a falta de aderência dos ténis ao terrenos. Depois de uns longos 12 minutos para fazer a subida chegámos a terreno mais fácil. E uma coisa me ficou a soar nos ouvidos que me disse um dos atletas que estava comigo na subida "Moço, você na descida vai-se ferrar".

Não tardou muito para ver ao que ele se referia. Depois de na parte menos técnica ter recuperado a distância que perdia na subida vieram a parte das descidas técnicas. E se quando são descidas fáceis já tenho pouco jeito, quando estas são a pique, com pedregulhos ou troncos no meio e ainda com a lama toda tipo barro lá metida não ia certamente ajuda.

Enquanto tive gente perto de mim não perdi muito tempo. Basicamente foi confiar no percurso que eles estavam a fazer e esperar que fosse correr bem. Mas de cada vez que fica no limbo entre ir com a boca ou chão ou sair do trilho e ir ribanceira abaixo perdia distância e confiança.

Assim foram cerca de 2 a 3 km, sempre com muito menos e com uma brutal inaptidão para o tipo de percurso. Na parte final desta secção, aconteceu o que eu esperava: queda. Quando estava a ir mais solto, acho que me entusiasmei um pouco e lá fui eu a deslizar uns bons 3/4 metros pelo chão. Garrafa de água perdida, mas não esperei. Levantei-me o mais depressa possível e continuei a correr para ver se a dor da queda não se manisfestava e isso acabou por ser um boa decisão.

Daí em diante foi tentar ao máximo recuperar o muito tempo perdido na descidas e a verdade é que até o consegui fazer. A sorte foi que deixou de haver tantas zonas com descidas técnicas pois o percurso era mais a subir. No entanto, sempre que essa subida era mais complicada lá ia eu a passo de caracol para não me espalhar novamente.

Antes da última subida grande do dia, via novamente o caso mais parado. Tínhamos de passar por um pedra a 45º bem lisa e com água a correr por cima dela. Lembro-me de pensar algo do género "Aquilo pode ser perigoso". Depois de metade da pedra já ter sido passada, o pé escorrega-me e fico agarrado só com as mão ao topo da mesma e com os pés a tentar puxar-me para cima. Não foi bonito mas acabei por me conseguir içar. Nem cerca de 30 segundos de eu ter saído daquela posição já lá estava outro desgraçado em igual figura. Penso que tal se deveu à muita chuva que cai fazendo transbordar o riacho naquela zona e que a organização não esperaria tal coisa.

Uma das partes boas desta prova é que nos permitiam passar po praias inacessíveis a não ser de barco, em zonas de uma tranquilidade tal que não havia onde e onde apenas se escutavam os animais da floresta. Valeu muito a pena por isso.

Quando faltavam cerca de 2 km para o final última subida do dia: novamente cerca de 1 km com inclinação médica de 30 a 35%. Aqui também não foi bonito. Tive a sorte de apanhar um atleta que fez o favor de indicar o melhor caminho na subida e novamente foram cerca de 12 minutos até acabar esse km.

Ora e se era 1 km a subir, faltava 1 km para terminar e aí era a mesma inclinação da subida, mas negativa. E aqui a minha táctica foi simples: ir a correr ribanceira abaixo até chegar a um árvore e agarrar-me a ela. Nada mais que isso. O problema é quando não haviam árvores grandes e me agarrava a um tronco que estava podre...

Foram outros 12 (!) minutos para fazer uma descida que num dia normal era para fazer em 1/4 do tempo! Mas se querem ver o meu jeito a descer basta atentar para a fotos abaixo relativas à descida final.
 


Todo um jeito a descer (foto de Corridas de Montanha)
E pronto, no final deu um 10º lugar da geral e um 1º do escalão. Não fossem outras condicionates (principalmente falta de ténis adequados a este tipo de provas) e teria lutado pela geral até ao fim como me disseram no final da prova.

1º lugar do escalão 
Depois foi regressar à civilização e continuar a treinar debaixo do calor abrasador do Rio. No final deu cerca de 3 a 4 kg perdidos (sendo que já estou no processo de os recuperar) e uma nova tonalidade de pele.

Agora em Portugal está este calor esquisito e água da torneira gela-me as mãos.

Amanhã farei a minha 1ª prova de estrada da época. Será para aferir o meu estado principalmente, pois ainda não comecei a fazer outra coisa que não treinos de corrida contínua.

Até à próxima, bons treinos e melhores corridas!

João

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

De volta! I Trail de Bellas

Pois é andei uns meses aqui afastado do blog, tal deveu-se à ocorrência de uma lesão durante as férias. Numa altura que andava a treinar muito bem e que parecia uma cabra (para não dizer uma asneira) a subir e a descer a Serra da Estrela uma rutura muscular obrigou-me a parar.

Resultado foram quase 2 meses parado e a fazer fisioterapia. Depois foi recomeçar a correr muito devagar (ainda agora não tem sido rápido) pois andava sempre com medo...

Ora os treinar têm servido para me ambientar novamente ao esforço físico o que de início não foi fácil. Lembro-me que na primeira semana fazer uma subida de 30 metros poucos inclinada e a ritmo de passeio acaba quase sem respirar... Mas isso foi passando e com o tempo tenho andando a fazer gradualmente ritmos mais rápidos.

Com base nesta nova preparação decidi acompanhar o meu pai (para me obrigar a andar devagar) a uma prova de trail que ele ia fazer, o I Trail de Bellas. O objectivo era andar sempre ao pé dele e nunca forçar pois estes percurso são sempre muito inclinados e neste momento é preciso ter calma.

Chegamos à partida e dão-me um dorsal. Ora eu que ia só para treinar (sem dorsal nem nada) comecei a ver que com aquele papel na mão podia ocorrer algo diferente, mas eu queria tentar manter-me sempre junto do velhote.

Ora dorsal na mão e toca a olhar para o mesmo e reparo 10 km+. E disse à malta que estava comigo: "mas vocês disseram que isto eram só 10 km e eu acho que tem mais" e pronto caiu-lhes a ficha e aí é que se aperceberam que afinal a prova tinha algo com 13.5 ou 14 km de extensão. Torci o nariz e ponderei não arrancar pois não queria fazer tanto kms, mas lá me fui dirigindo para a partida e fazer um ligeiro aquecimento.

Partida dada e arranco ao lado do meu pai, Até aqui tudo bem. 100 metros mais à frente começa a subir e eu olho para o lado e para trás e já não vejo o velhote em lado nenhum. Acabei a subida dei por mim nos 10 da frente. ""Humm, humm", pensei eu "isto não pode ser assim". O problema é que na realidade ia a andar devagar e estava a subir muito solto. Ao fim do 1º km decidi que ia aproveitar para deixar o corpo levar onde se pudesse.

Depois de mais um bocado às curvas no meio do matagal começamos a fazer descidas um pouco mais técnica e que tinha o piso muito molhado. Em terreno seco descer já é o cabo dos trabalhos para mim então assim pior era. Era agarrar-me a todas as árvores no caminho e esperar que elas aguentassem.
É só jeitinho! (Foto de Paulo Sezílio)
Depois de se fazer a separação entre as provas de 10+ e os 25+ km começaram os problemas. Ia eu a puxar pelo meu grupo quando dou por mim a chegar a um sítio por onde já tínhamos passado. Bolas! O grupo discutiu ali um bocado "estamos bem!", "falhámos lá atrás!", etc e decidimos regressar pelo que caminho que tínhamos feito. A olhar com mais atenção lá vimos uma sinalização escondida a descer e siga carregar para baixo.

Aqui foi altura de dizer muitas coisas feias pois as descidas eram muito íngrimes a lama não ajuda. Nem travar tentei era só o pé bater no chão e recolher. Descida feita e longa recta no meio do mato abrir a passada para recuperar os cerca de 3 minutos perdidos anteriormente.

Acabei por ficar sozinho pois nas subidas estava a sair bem e não tinha ninguém para me acompanhar. Nas descidas era tentar perder o menos possível se bem que só com alguém à minha frente a abrir caminho é que as coisas corriam mais ou menos de jeito.

No meio de um sobe e desce constante torno novamente a ficar à frente de um grupo. Esse avanço acabou por ser perdido numa das descidas mais técnicas (e perigosas) da prova. Basicamente tive de sentar o rabo no chão só para garantir que aquilo não saia mal. Acabada essa parte torno a liderar o grupo e novo engano! Fomos dar a uma estrada que por não ter o trânsito cortado indicava que estávamos no caminho errado. Meia volta e todos os que vinham atrás viraram também, logo fiquei eu na cauda do grupo e a ter de recuperar tempo e distância preciosos. Nesta altura estávamos com cerca de 12 km de prova (teóricos) e as já davam sinal de algum cansaço.

Depois de fazer nova recuperação para a frente do grupo foi altura de atacar o muro do dia: mãos e jolhos no chão e siga trepar aquilo. Foi giro, pena os 2 kg de terra que vieram agarrados aos ténis após isso.

Bastava agora um esforço final em estrada e descer na direção da meta. Essa descida era feita no meio de mata rasteira o que deu para fazer uns quantos cortes nas pernas. Meta à vista e prova terminada. No final acabei em 10º lugar e com cerca de 1 km a mais feito (e cerca de 6 minutos de tempo perdido com os enganos).

Fim da prova (Foto Runners Dream Moments)
Foi bom, giro e diverti-me. A prova era dura qb e a zona um espectáculo.

Agora siga continuar a treinar!

Até à próxima, bons treinos e melhores corridas! :)

domingo, 9 de agosto de 2015

Faz hoje um ano!

Em que me meti na minha maior aventura desportiva: ENDURrun 2014! Foi uma semana bem dura mas que no final me permitiu ser "One Tough Runner"

E hoje começou a edição de 2015 e pelos vistos vai ser novamente muito renhido.

Aqui ficam as recordações:

Preparação para a prova

Etapa 1 - Meia-maratona

Etapa 2 - Contra-relógio 15 km

Etapa 3 - Corta-mato 30 km

Etapa 4 - 10 milhas sobe e desce

Etapa 5 - 25.6 km corta-mato de montanha

Etapa 6 - Contra-relógio 10 km

Etapa 7 - Maratona

O resumo da prova

Galeria fotográfica

E pronto foi muito isto.

Pode ser que um dia se torne a repetir!

Boas férias e bons treinos!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

II Milha Urbana da Abrunheira

Depois do muito cansaço acumulado nas últimas duas semanas com claro decréscimo no rendimento evidenciado nas provas em que participei, a semana que passou foi literamente de recuperação dos indíces físicos para o que falta da época.

E nada melhor que ver o efeito dessa semana de recuperação numa prova rápido como é o caso da milha, apesar de estar longe de ser a minha preferida.

Depois de um aquecimento da companhia do meu púpilo Jota Jota fomos fazer o reconhecimento do percurso. Apesar de não ter subidas muito acentuadas a primeira metade era feita ligeiramente a subir e no domingo estava a soprar um vento muito forte de frente até ao retorno para a meta.

A estratégia passaria por ir o mais abrigado possível até à viragem e depois era ver o que havia para dar.

Depois de estarmos na meta era altura de dar corda ao pedal. Tiro de partida dado e início muito forte da prova logo de início. Os primeiros 200 metros foram quase em sprint até o grupo da frente estabilizar para velocidades mais decentes para este tipo de prova.

Aproveitando o comboio fui-me ganhando algumas posições até à altura do retorno à meta onde deixava de se sentir o vento. Depois de ter sido lançado durante 1 km pelo Jota forcei um pouco mais o andamento para o que restava da prova e estava em discussão para fazer top 4 na prova.
Início da prova (Foto de Montes Saloios)
Nos últimos 200 metros já não sabia se me doia mais as pernas, se os braços ou os pulmões, mas foi cerrar os dentes e continuar a sofrer.

Nos últimos 50 metros acabaram por se definir as posições finais onde a minha falta de ponta final fez a diferença.

Terminei a prova em 7º lugar com um tempo de 4:55, sendo que nesta prova o nível subiu mais que o habitual.

Estou satisfeito por ver que depois de 2 semanas más em termos de prova o corpo finalmente respondeu melhor :)

E agora estão aí a chegar as férias...
Parecia que andei nas drogas (Foto de Armindo Santos)
Até ao próximo post, bons treinos e melhores corridas!

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Da Estrada à Pista + V Trilho dos Dinossauros

Depois de uma semana ainda a ressacar da má prova na corrida das Fogueiras era mais um fim de semana com duas provas.

Tendo em conta o cansaço apresentado não era de todo aconselhável fazer ambas as provas, mas o bichinho foi mais forte e depois as pernas e o corpo é que pagam.

No sábado havia a prova da Estrada à Pista na Pista Moniz Pereira com uma distância de 5 km. Apesar da prova ser apenas às 19 horas ainda estava bastante a que juntava o muito vento que se sente sempre naquela zona.

Aquecimento feito e pronto para a partida com o objectivo de fazer recorde pessoal à distância. Primeiras voltas feitas dentro do ritmo pretendido e solto de pernas. Como estava com um atleta ao pé de mim íamos passando a frente um do outro a cada volta. Um pouco antes dos 3 km junta-se outra atleta e nós e pouco depois na recta onde tínhamos vento de frente cedi um pouco de espaço e acabou-se aí a corrida. Daí para a frente foi penoso especialmente na zona do vento contra.

Apesar de ir ultrapassando outros atletas numa mais consegui recolar aos outros 2 atletas e fui-me afastado do tempo pretendido.

No final um tempo de 18:27, assim para o fraco, que me deu um 4º lugar na prova, perdendo o 3º lugar para um dos 2 atletas que me acompanharam durante a pova.

Chegada à meta (Foto de Xistarca)
No dia seguinte foi dia de ir fazer o V Trilho dos Dinossauros, que é a prova onde fiz o meu primeiro de pódio de sempre. No entanto, esta é uma das corridas mais duras dado o muito acentuado sobe e desce ao longo de toda a prova e o muito vento que se faz sentir em grande parte da mesma.

Depois do aquecimento feito para tentar soltar um poucos as pernas lá fui para a partida que estava colocada de modo a termos de começar logo a trepar assim que arrancássemos.

Dado o tiro de partida logo deu para ver não ia ser dia para grandes aventuras que o corpo não ia deixar. Até aos 4 km foi a sofrer muito quer pelo cansaço, quer pelas subidas, quer pelo muito vento contra. Na viragem até à meta já foi mais aceitável apesar do ritmo imposto ser de treino rápido pela dureza da prova.
No início da prova (Foto de Luís Clara Duarte)
Na última subida da prova foi o tempo todo a convencer-me que não podia ir a andar, apesar de ter negociado comigo várias vezes um compromisso do tipo "andar 30 segundos e correr outros 30", mas acabou por ser sempre a trepar por ali acima e não tardava muito estava descer para a meta.
A caminho da meta (Foto de Luís Clara Duarte)
No final os 8 km de prova foram realizados em 33:09 dando para ser 7º classificado.

E agora esta semana vai ser basicamente de recuperação para ter ainda parte física decente para o que falta da temporada. Já tenho idade para ter juízo e não em andar a meter a fazer estas maluqueiras!

Até à próxima, bons treinos e  melhores corridas! :)

domingo, 5 de julho de 2015

Corrida das Fogueiras

Novamente com atraso aqui vai um breve resumo do que se passou no passado Sábado em Peniche.

Aproveitando o facto da corrida ser à noite foi dia de fazer passeio em família ao longo da linha costeira com tempo para apreciar as paisagem com que nos deparávamos.

Algures à beira-mar 
Depois de chegarmos a Peniche fomos comprar alguma comida para assar após a prova e com calma fomos buscar os dorsais e começar a preparar. Já na companhia do meu pupilo Jota Jota fomos para a partida de modo a fazermos um aquecimento antes da prova.

O velho e os putos!

Miminhos antes de começar

Depois de estarmos no local da partida do ano passado começámos a estranhar não estar lá quase ninguém quando falta meia hora para o início da prova. Assim que iniciámos o aquecimento logo vimos a multidão de gente que ia participar e lá fomos para o bloco de partida que nos foi atribuído (sub 4:00) o que tem a boa ideia de exigir comprovativos de marcas para não haver tempos inventados na altura da inscrição.

Dada a partida siga atrás do comboio a ritmo decente até à primeira viragem de percurso onde estava muito vento contra. Aproveitando a boleia de alguns atletas para ir ganhando posições fiz a passagem aos 5 km em cerca de 18:30 confortável, o que apesar se não ser muito rápido não era muito mau tendo em conta o muito vento naquele segmento.

Cerca de 1-2 km à frente começou o terror que mencionei aqui anteriormente. Quebra de energia muito acentuada e sem qualquer capacidade para sequer seguir no ritmo da malta que ia passando por mim. Tudo isso foi ainda pior por ter na ideia que a prova era quase sempre plana o que depois me vim a aperceber que não era bem o caso. Ai esta memória!

Até aos cerca de 11 km andei ali a ver se conseguia encontrar um ritmo que desse para minimizar ao máximo o que estava a acontecer. Depois de ter metido ritmo de treino rápido consegui ir recuperando algumas posições até ao final mas foi muito sofrível até ao fim da prova.

No final tempo de 58:06 acabando nos 100 primeiros classificados e com a certeza que entre a altura que quebrei o o fim houve mais de 50 atletas que me passaram.

Razões para esta quebra podem estar relacionado com algo que comi antes da prova uma vez que após a mesma passei mal do estômago. Além disso o treino específico de séries em que nos temos focado agora tem sido para provas muito mais curtas do que esta o que também não ajuda muito.

Ainda assim, continuo a gostar imenso desta prova especialmente pelo incrível apoio das gentes de Peniche que se fartam de puxar pelo atletas ao longo de todo o percurso. Na minha opinião só igualdades pelos amadorenses que vão apoiar na São Silvestre da Amadora.

Para o ano lá terei de voltar a esta prova para me vingar :)

Até ao próximo post, bons treinos e melhores corridas!

segunda-feira, 29 de junho de 2015

1500 metros pista + Grande Prémio de Casal de Cambra

Este post já vem com uma semana de atraso, mas não deu para o colocar online mais cedo.

Pois, é no passado fim de semana de 20 e 21 de Junho foi dia de jornada dupla. No sábado eram os 1500 metros em pista com objectivo de bater o recorde pessoal e no domingo era dia de fazer o Grande Prémio de Casal de Cambra.

E para resumir este fim de semana desportivo uma palavra basta: agridoce. Mas já lá vamos.

Ora no sábado havia prova de 1500 metros no Seixal como parte do troféu da região e o objectivo era fazer a prova para bater o recorde pessoal à distância correndo pela equipa A Natureza Ensina.

Chegando à pista debaixo de um calor arrasador (acima dos 30º) fui aquecer com o Pedro Barata da equipa e lá fomos para a partida.

Não sabia bem como ia ser o nível da prova e a minha esperança era que houvesse um comboio durante parte da prova que me levasse a fazer um tempo decente. Ora dada a partida vi logo que nada disso ia acontecer: 2 atletas esticaram, assim como o Pedro e fiquei durante uma volta a tentar colar ao Pedro.
1ª volta: A tentar colar ao Pedro (Foto de Sofia Bastos)
Depois de finalmente me conseguir juntar a ele, sabia que um lugar no pódio iria ser discutido entre eu e ele pois a distância tanto para a frente como para trás era já considerável. Por outro lado o objectivo do dia era a marca em si, pelo que à entrada para as 2 últimas volta passei para a frente na esperança que conseguisse abrir alguma distância para o Pedro.

Corrida sincronizada? (Foto de Sofia Bastos)
Nada disso, passámos colados à entrada para a última volta e nos últimos 200 metros tentei forçar mais um bocadinho e o Pedro respondeu. Na recta da meta foi vê-lo a passar por mim tipo flecha e eu sem hipótese de responder.

Faltou um bocadinho assim! (Foto de Ana Paulico)
No final foi um 4º lugar com o tempo de 4:46 baixando cerca de 15'' ao tempo anterior de referência. Por um lado tem a parte boa de ter baixado o tempo, por outro tem a parte má de não ter havido comboio e ter eu andado a puxar grande parte da prova o que provoca sempre maior desgaste, além do 4º lugar sem sempre assim um lugar manhoso.

Para recordação fica o vídeo da prova:


No dia seguinte foi dia de enfrente a muito duro corrida de Casal de Cambra novamente com muito calor.

Depois de fazer o aquecimento com o meu pupilo Jota Jota fomos para a partida à espera que fosse dada a ordem de partida o que ocorreu com atraso. Esta é daquelas provas que é durinha até não poder mais.

Logo após a partida toca a trepar 500 metros e daí para a frente é um sobe e desce constante com uma ou outra parte plana pelo meio.

Depois do pelotão andar um pouco esticado assim que acabou a primeira subida vi-me próximo do Jota (cerca de 10 metros de distância, mais coisa menos coisa) durante quase toda a prova sabendo que estávamos em 4º e 5º, respectivamente.

Na entrada para a subida mais dura do dia foi quando passei pior como se vê pela cara de esforço aqui em baixo.

Sofre, sofre (Foto de Luís Clara Duarte)
Sofre um bocadinho menos agora (Foto de Armindo Santos)
No entanto, assim que entrei na parte de plano comecei a sentir melhores sensações. Mais um bocadinho de sobe e desce e a 2 km dos fim vejo que o 3º classificado começa a quebrar e faço um esforço para diminuir a distância o que veio a acontecer acabando por colar ao Jota e indo os dois a puxar alternadamente.

Com 1 km para o fim e cada vez mais perto do 3º classificado vemos um senhor (da organização) a que nos manda para um rua e nós seguimos, qual não é o nosso espanto como ao virarmos para a estrada principal começamos a ver montes de malta a passar.

Tal até nem podia ser muito estranho, caso não fossemos ter olhado para trás antes e sabermos que tínhamos cerca de 300 metros de vantagem para quem nos seguia.

Depois de dizer uma asneiradas e de vermos quem nos tinha passado rapidamente compreendemos que chegar ao pódio já não dava e lá fomos a andar bem mas mais lento até à meta. No final vimos que fizemos cerca de 400 metros a mais que outros atletas que nos passaram à frente.

"Aquela molhada toda passou-nos à frente!" (Foto de Armindo Santos)
No final deu um 6º lugar que na verdade seria um 4º e eventualmente 3º pois da maneira que íamos a puxar antes de vermos o que tinha acontecido estávamos muito próximos do 3º classificado do dia.

E pronto, penso que agora compreendem o porquê de ter sido um fim de semana agridoce.

Agora que venha daí o post sobre o terror que foi a corrida das Fogueiras!

Até lá, bons treinos e melhores corridas :)

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Dia do Atletismo e XX Grande Prémio de Manique de Cima

Pois é, na semana passada foi altura de fazer 2 provas na mesma semana.

No feriado, 10 de Junho, era o dia do Atletismo e havia os 5000 metros em pista feitos na pisto do Inatel e organizada pela associação de atletismo de Lisboa.

Já sabia antes da prova que iria fazê-la toda sozinha uma vez que a malta que participava era tudo gente para fazer 15 minutos ou menos aos 5 km. Daí estar mentalmente preparado para ser eu a puxar do início ao fim.

Depois de um atraso de mais de 1 hora em relação ao horário previsto foi altura de ir para a partida e dar corda aos sapatos. Mal se deu o tiro de partida lá fiquei sozinho a correr à volta da pista. Depois de fazer o 1º km um pouco contido para não rebentar muito cedo abrir um pouco mais o ritmo e lá andei até terminar as 12.5 voltas à pista.

Foi sempre assim: muito sozinho do início ao fim. (Foto de Marcelino Almeida)
Apesar de já haver pouca gente nas bancadas dado o adiantar da hora a que começou a prova houve uma senhora na bancada que se fartou de puxar por mim nas duas últimas voltas. Apesar de não saber quem era até soube bem sentir esse apoio :)

No final o cronómetro parou aos 17:53, o que não sendo nada de especial está também muito relacionado com ter feito a prova toda sozinho e sem quaisquer referências de tempo.

Depois desta prova no domingo foi altura de fazer o XX Grande Prémio de Manique de Cima numa zona onde antigamente costumava treinar, pelo que sabia o que esperava em termos de sobe e desce.

Esta prova consistia em 2 volta iguais sempre a subir a descer e com uma extensão de cerca ce 6.7 km.

Depois de fazer o aquecimento e ter sido dada o tiro de partida do grupo da frente rapidamente se alongou fazendo um fila que se estendida por uma boa dezena de metros. Depois de passar o 1º km e ver a minha posição na prova decidi correr com cabeça de modo a segurar um lugar no pódio, uma vez que o 1º classificado já ia com uma distância considerável e tem bem mais andamento que eu.

Ainda no início da prova (Foto de Luís Clara Duarte)
E assim foi. Colei-me ao atleta que já tinha discutido comigo outras provas e andámos sempre um a par do outro e controlarmo-nos mutuamente sem que ninguém quisesse ir para a frente puxar. Depois de termos feito a primeiro volta o ritmo abrandou ligeiramente dada a marcação que fazíamos um ao outro. Sempre que alguém tentava fugir uns metros havia logo uma resposta e ficava por ali a brincadeira.
Foi quase sempre assim a prova toda (Foto de Luís Clara Duarte)
1ª passagem pela meta (Foto de Armindo Santos)
Comecei a ver então onde podia atacar para me distanciar dele antes de chegar à meta e decidi que seria na última subida da prova, que tinha cerca de 100/150 metros durinhos e depois outros tantos em plano até à meta.

Mal termina a curva que vai dar à última subida toca de levantar os joelhos e mudar de velocidade e lá fui eu e olhando de relance não vi nenhuma reação. Chegado ao fim da subida vejo-o novamente colado a mim e a ganhar alguns metros de avanço.

"Lá se vai um lugar no pódio" pensei eu. Até que depois vi que a diferença não aumentava tanto e que se calhar ainda era possível ir novamente buscá-lo. Foi cerrar os dentes e dar tudo! Passei directo e nem olhei para trás, só quando cheguei à meta e vi que a tinha alcanço primeiro!
Bom final de prova (Foto de Armindo Santos)
No final terminei a prova com o tempo de 24:17, sendo o 3º sénior o que deu para levar um troféu para casa :)
Para mais tarde recordar (Foto de Jorge Silva)
E pronto foi muito isto. Agora vêm aí os 1500 metros em pista para ver qual a melhoria desde que regressei à competição

Até lá, bons treinos e melhores corridas :)

terça-feira, 9 de junho de 2015

XI Corrida da Baía

No passado domingo foi dia de participar na XI Corrida da Baía pela equipa a Natureza Ensina.

Depois de apanhar boleia do meu novo colega de equipa Rodrigo e de termos feito as apresentações e falado na viagem chegámos à zona da prova com imenso tempo para eu ser apresentado ao restantes elementos que me receberam muito bem.

O dia ameaçava ser meio nublado e assim para o fresco, mas foi sol de pouca dura pois não tardou a que começasse a aquecer bastante.

Esta prova faz parte do troféu de atletismo do Seixal e tinha uma extensão de cerca de 9 km sendo que era praticamente toda plana.

Depois de fazer um bom aquecimento foi altura de seguir para a partida e dar-se início à prova. Com um começo de prova relativamente lento andei no grupo da frente nos primeiros 2 km, mas depois acabei por ficar sozinho e lá fui seguindo no meu ritmo.

Hoje foi também dia de estranhar uma nova indumentária (culpa da dona Susana).
Um senhor bigode :)
Confesso que apesar de me ir sentido cada vez melhor a nível físico ainda não estou a conseguir entrar em modo"sofrimento" nas provas. Esta é daquelas coisas que mais me custa a recuperar a seguir a qualquer paragem forçada, mas com tempo vai ao sítio.

Após a entrada nos 3 km foi altura de apanhar sempre vento de frente até à altura em que se fez a viragem para a meta. Aqui custou bastante estar sozinho e o elevado calor que se fazia sentir uma vez que estava com a boca completamente seca.

Depois da viragem e de apanhar um garrafa de água foi aproveitar a embalagem para subir um pouco o ritmo e tentar apanhar o atleta que ia à minha frente o que acabou por acontecer.

Daí até ao final foi preocupar-me em manter a posição pois interessava fazer uma classificação geral decente para ver se conseguíamos levar algum trófeu por equipas, sendo que aqui fechavam os primeiros 5 atletas de cada equipa.
Já na recta da meta.
No final o 9 km de prova foram feitos em 33:54 terminando em 11º lugar e contribuindo para um 2º lugar por equipas onde tivemos direito a uma taça para recordação. Em termos pessoais não foi mau, mas o importante é que a cada dia me vou sentindo melhor.

Segundo lugar por equipas!
Depois foi fazer alguns alongamento e estar com a malta da equipa até à entrega do trófeu.

Agora segue-se outra prova rápida e vamos a ver como corre!

Até lá, bons treinos e melhores corridas :)

terça-feira, 2 de junho de 2015

I Milha da Cidade de Queluz

Agora que se aproxima rapidamente o final de época já não há grande margem para melhorar muita coisa pelo que neste momento o objectivo é ir tentanto aproximar da forma que se perdeu com a lesão.

Se entretanto ainda der para fazer algumas provas minimamente decentes tanto melhor!

Este domingo foi dia de ir participar na I Milha da Cidade de Queluz a contar para o trófeu de Sintra. Apesar de este tipo de provas muito rápidas ser algo que não me entusiasme particularmente é sempre bom participar pois são provas com ritmos normalmente altos e que servem para ajudar na evolução de um atleta.

Depois de chegar à prova com a minha Susana foi fazer um aquecimento decente para preparar para a prova.

A partida uma das piores que já vi, tanto que quando o sinal sonoro foi dado foi preciso alguém da organização dizer que já tinha começado a prova.

O circuito deste milha consistia numa volta grande e noutra pequena, sendo que na grande havia uma descida curta mas bem pronunciada. Foi aí que desci tão mal que abri logo um avanço de alguns metros para o 2º grupo e que já não daria para recuperar.

Não saiu nada bem a descer (Foto de Luís Clara Duarte)
Depois de passar a primeira vez pela meta (onde a Susana puxou por mim mas deste vez não houve tempo para fazer sorrisos...) na altura em que ia buscar o fio que indicava que tínhamos realizado a primeira volta levei uma semi-murraça na cara.

Um pouco antes de levar com uma espécie de soco (Foto de Armindo Santos)
Culpa minha e da pessoa que estava a entregar os fios. Minha porque ia demasiado colado aos outros atletas e da outra pessoa porque estendeu o braço sem olhar para quem vinha aí.

Daí até à meta foi um instantinho e apesar de não ter conseguido mudar de velocidade na recta da meta o importante foi que acabei soltinho e que dava para manter o ritmo durante mais algum tempo.

No final acabei em 8º lugar para um ritmo de cerca de 3:10 / km.

A partir de agora vêm aí as provas com maior distância que são muito mais do meu agrado. É esperar e ver como isto corre.

Até à próxima, bons treinos e melhores corrida :)

João


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Corrida Cidade de Vendas Novas

Depois da paragem forçada primeira prova mais longa para ver como anda a máquina. Não foi o melhor dos resultados mas já lá vamos.

No domingo passado realizou-se a 21ª edição da Corrida Cidade de Vendas Novas e com a boleia preciosa do Vitor Oliveira lá fomos os 2 para baixo à espera de torrar durante as nossas provas.

À chegada a Vendas Novas fomos levantar os dorsais e fazer um aquecimento decente se bem que com o calor que estava chegavam 5 minutos de corridinhas para ficar a escaldar.

Depois de me colocar na partida ia com ideia de abordar esta prova de maneira mais conservadora que o habitual. Além de não querer rebentar demasiado cedo como tinha acontecido nas 2 provas de pistas anteriores ainda estou na fase de ganhar confiança após a paragem.

E assim lá se deu a largada e eu fui num ritmo semi-confortável e sem forçar em demasia. Se houvesse pernas era apertar na 2ª metade da prova. Após o 2º km já estava com a boca completamente seca devido aos 34º que se fazia sentir. Até à viragem nos 5 km não há muito para contar, apenas ia fazendo junções a grupos e depois arrancava para ir buscar outro.
Parte inicial da corrida (Fonte Atletismo Magazine)
Depois de beber a água aos 5 km tentei que não houvesse uma quebra muito grande em relação à passagem aos 5 km (em cerca de 18:40).

Apesar de ter feito uma segunda metade um pouco mais lenta que a primeira fui ainda dos que menos quebrei dos atletas perto de mim pois ainda consegui apanhar vários atletas até ao fim da prova. Além disso esta parte da prova era quase sempre a subir (ainda que de modo não muito pronunciado) e com quase todo o percurso com vento contra.
Já na 2ª metade da prova (Fonte Município de Vendas Novas)
No final acabei a prova com 38:56 o que não sendo famoso vem do muito calor que se fez sentir e da paragem que me fez perder muito ritmo.
Na entrada para a recta da meta (Fonte Atletismo Magazine)
 Apenas de notar que num dia destes com tanto calor penso que seria aconselhável haver mais um ponto de abastecimento uma vez que houve muita gente a passar mal por esse motivo. De resto nada a assinalar, onde foi dado a cada atleta 2 t-shirts e ainda uma barra energética para depois da prova.

Agora é seguir trabalhando para retomar a forma que se perde no último mês e meio.

Até à próxima, bons treinos e melhores corridas :)

João

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Será desta?

Depois de cerca de mês e meio de paragem forçada devido a um conjunto de problemas muscular que se concentraram na mesma região (com direito a recaída pelo meio...) estou de volta aos treinos para tentar recuperar o pouco que resta desta época.

Neste tempo em que andei sem treinar tive de me afastar destas coisas dos blogues e afins para não dar em maluco.

Este regresso aos treinos tem sido cauteloso pois é altura de ganhar novamente confiança a correr e para acertar na corrida em si. Além disso, o corpo fica sempre receoso assim que sente alguma coisa daí que tenha andado a caprichar nos aquecimentos e na parte de alongamentos, bem como reforço muscular.

A semana passada fui fazer um teste à pista numa prova de 1500 metros marcada por muito vento. As instruções eram para me não forçar nas primeiras duas volta e depois se houvesse pernas abrir um bocado a passada. Apesar de não ter sido um tempo nada por aí além (a 2ª volta foi muito lenta para me resguardar do vento), senti-me bem e sem grandes apertos na zona que me andava a incomodar.

Domingo há outro teste mas agora de 3000 metros para ver como isto anda. Se me aproximar da marca que fiz na pista coberta já não será mau de todo, mas tendo em conta a falta de pernas com que ando não será fácil.

E pronto, é muito isto. Vamos a ver se os problemas estão definitivamente para trás das costas e seguir em frente!

Até à próxima.

Bons treinos e melhores corridas.

João

terça-feira, 17 de março de 2015

II Corta-Mato de Rio de Mouro

E siga, mais um corta-mato! Depois da tareia que foi o campeonato nacional de corta-mato curto no domingo foi dia de fazer o II Corta-Mato de Rio de Mouro.

Não sabia bem o que esperar desta prova pois não tinha feito a primeiro edição. Sabia que era uma prova com duas voltas de 3.5 km cada e com subidas dignas de provas de montanha.

Depois de ter sido obrigado a trocar o treino de séries de sexta para sábado sabia que não estaria nada fresco, mas como era uma prova de preparação era para ver o que isto ia dar.

Assim que comecei aquecer senti as pernas bastante presas do treino do dia anterior. Tinha sido bem duro. Acho que nunca tinha passado tão mal durante um treino de séries. Então nas últimas 3 repetições já não sabia bem o que andava a fazer no meio da pista.

Depois de ter feito o aquecimento dirigi-me para a linha de partida pois a prova iria começar às 11:45 e estava um belo dia de calor.

Sabendo que o mais provável era que me faltassem novamente as pernas em algum momento da prova decidi arriscar e seguir no grupo da frente pois nestas prova o nível já não é tão forte como nos nacionais.

Siga para mais uma prova (Foto de Armindo Santos)
Depois de uns 1.5 km com curvas e contra-curvas apertas e em terreno bastante acidentado foi altura de começar a subir. E senhora subida! A primeira que aparece deixa apenas espaço para um pessoa passar, quem quiser passar tem de esperar que o caminho abra novamente. Nessa altura em que o caminho abre deixamos de ter terra batida e passamos a ter aquelas predas soltas que se utilizam na linha do comboio. Aumentava bastante o nível de dificultade, só para o caso de estarmos a achar a prova fácil!
Antes de começar a subir (Foto de Luís Clara Duarte)
Nesta altura ainda andava perto do grupo da frente e depois de fazer a última subida mais acentuada para depois descer de modo a começar a 2ª volta foi quando comecei a perder o contacto com o grupo.

No início da 2ª volta ia com o 2º classificado do meu escalão e a tentar não perder o contacto, mas ao fim de um km entrei em modo sobrevivência e foi fazer tudo para defender um lugar no pódio.

Início da 2ª volta com o 2 classificado do meu escalão (Foto de Armindo Santos)
Na subida depois da zona das pedras entrou a luta do corpo com a cabeça onde eu só pensava que não havia problema em subir aquilo a andar que tinha margem de manobra para gerir o lugar, mas foi o momento de cerrar os dentes e minimizar perdas para que aquela parte passasse o mais rápido possível.

No último km as pernas simplesmente desligaram, apanhei boleia de um atleta que passou por mim e tentei-me colar o máximo sabendo que se ele forçasse o ritmo lá ficava eu sozinho.

Acabei por perder apenas cerca de 40 segundos entre a primeira e a segunda volta. Pensei que tinha sido muito mais especialmente pelo modo como fiz as últimas subidas.
Ufa que hoje foi duro (Foto de Armindo Santos)
No final deu para ser o 3º sénior e fazer o primeiro pódio da época. Bem me soube depois de todo o trabalho que tenho vindo a fazer com a ajuda com meu treinador Carlos. Mais detalhes da prova no Strava ou no Garmin.

Bem giro o troféu.
Esta semana é novamente a carregar no pedal com uma mini-prova no meio do treino de Sábado. A ver se os problemas musculares que tenho vindo a sentir desde há um mês começam a melhorar finalmente.

Até à proxima, bons treinos e melhores corridas.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Campeonato Nacional Universitário de Corta-Mato Curto

"Para aprender a não me meter em situações onde não sou chamado".

Pode ser esta a frase que resume a minha participação no passado sábado no Campeonato Nacional de Corta-Mato Curto realiazado na Guarda. Mas já lá vamos.

Esta prova já estava marcada como um dos objectivos de participação para esta época pois é sempre uma hipótese de correr com malta que anda muito mais que eu e pode ser que eu apanhe boleia pelo menos no início deste tipo de provas.

Fui novamente representar a minha Universidade e tendo em conta a localização da prova aproveitar para passar "quality time" com a minha fã número 1 durante 3 dias.

No sábado lá nos dirigimos para a prova que estava marcada para começar pelas 12:40. Estava um bom dia de sol, se bem que à hora da prova o calor já era mais que muito para esta altura do ano.

Depois de ver as raparigas da minha Universidade fazer a prova delas comecei a aquecer e foi-me dito que não estavam a deixar levar relógios com GPS para a linha de partida. O motivo para isso era desconhecido. Depois de terminar o aquecimento decidi não arriscar e deixei o relógio.

Já sabia que iam ser 4 km sempre a carregar no pedal e que o início seria logo em ritmo muito forte. Além de que não ter o relógio não me permitia ver qual o ritmo a que ia e gerir o esforço em função disso. O que podia acontecer era algo como acontece nos 3000 metros de pista coberta: ir demasiado rápido e dar-me o abafo a meio da prova.

Bem dito, melhor feito. Após o início da prova foi um sprint maluco de cerca de 500 metros até ficar na zona de engarrafamento do percurso devido aos muito atletas e ao estreitar da zona por onde passávamos. Nem tenho ideia do ritmo a que andei no primeiro km mas tenho a ideia que anda abaixo do ritmo que ando a fazer para treinos de séries.


Ora isto havia de ser pago em alguma altura da prova. Após os 2 km foi vir por aí e abaixo e no último km foi quase a andar para trás.

Assim que acabei a prova foi dores e mais dores na pernas devido à acumulação de ácido lácteo. Nunca passei tão mal depois de uma prova. Acho que o facto de o piso da prova ser muito irregular e forçar a fazer muito força no chão também ajudou.

Já estava a acabar o sofrimento (Foto de Jorge Oliveira)
Acabei com o tempo de 14:40, terrível portanto.

A nossa equipa (Foto de autor desconhecido)
Mas pronto, foi mais uma boa experiência e serviu para aprender mais qualquer coisa.

Para a semana há mais!

Até lá, bons treinos e melhores corridas.

terça-feira, 3 de março de 2015

3000 metros em Pista Coberta + I Corta Mato da Mente Traquina

Depois de um mês a carregar nos treinos e sem qualquer prova competitiva aí veio um fim de semana com 2 provas. No sábado foram os Campeonatos Universitários de Pista Coberta e no domingo o I Corta Mato da Mente Traquina.

Vamos por partes então.

No sábado participei nos 3000 metros dos referidos Campeonatos Universitários onde representei a minha Universidade Nova de Lisboa. Tratava-se de um regresso a esta pista onde tinha competido uma única vez em 2013. O objectivo mais imediato passava por fazer um tempo na casa dos 10:10, dependendo da forma como se desenrolasse a corrida e se tivesse companhia para tal, pois nestas coisas a malta que participa anda muito e só fico ao pé deles na linha de partida :)

Ora a prova estava marcada para as 15:50 com apresentação na câmara de chamada às 15:25. Comecei a aquecer às 15 horas e ao contrário de outras corridas, foi realmente um aquecimento minimamente decente para preparar o corpo para o que aí vinha. Às 15:30 quando fui para a câmara de chamada para disseram que a prova estava atrasada pelo menos 1 hora (!!!). Isto sem ninguém dizer nada pelos altifalantes da pista. Simplesmente inacreditável. Vi uma prova de 60 metros planos ser adiada 3 vezes seguidas porque o speaker estava a chamar pessoas para ir ao pódio, acho que não custava muito dizer que estava tudo atrasado...

Posto isto lá andei eu 1 hora e meia a fazer corrida ligeira de um lado para o outro de modo a não parar e para ver se me apresentava decentemente quando a prova fosse começar. Acabámos por ser chamados para a pista às 17 horas. Ou seja, comecei a fazer o aquecimento 2 horas antes da prova começar! Quando estava a fazer as últimas rectas já na pista senti o corpo super pesado. Já estava a imaginar que não fosse augurar nada de  bom.

Antes do início da partida (Foto de José Lorvão)
Após se ter dado o tiro de partida a minha inexperiência em provas de pista veio ao de cima: ou era por ir na parte de exterior da pista, ou por ter de quase parar para não dar pontapés a ninguém. Acabei por me deixar ir no fim do grupo e ver o tempo da primeira volta para ver se ia ter pernas para o acompanhar ou não.

O ritmo previsto era para fazer as volta em cerca de 40 segundos tudo o que fosse muito longe disso era sinal que estava muito rápido e que me ia dar o abafo rapidamente. Acabei a passagem à primeira volta em 35/36 segundos. Demasiado rápido, portanto. À entrada para a 2ª volta já sentia as pernas muito pesadas, possivelmente de todo o tempo passado a correr antes do começo da prova. Acabei por perder o contacto com o grupo fica a cerca de 20/30 metros do final do mesmo.

Até foi uma prova sem muito sofrimento (Foto de José Lorvão)
A partir daqui não há grande história. Aos 1.5 km fui buscar um atleta e segui directo, fazendo o mesmo aos 2.6 km. No final acabei a prova com o tempo de 10:13. Não foi mau, mas sinto que estou a valer uma boa dose de segundos a menos. Tendo em conta todas as condicionantes desta prova até nem foi mau. Os principais objectivos foram cumpridos: não ser último e na pior das hipóseses andar perto do tempo final de 10:10.

No domingo foi a prova de corta mato organizada pelo meu clube. Um percurso de 3 voltas com um total de 4.5 km, sempre em constante sobe e desce e num terreno bastante traiçoeiro.

Desta vez só fiz o aquecimento quando começou a prova antes da minha para não ser apanhado desprevenido novamente. Não sabia como o corpo ia reagir depois do desgaste do dia anterior, mas era um bom teste às capacidades físicas.

Início da prova (Foto de Armindo Santos)
Dado o tiro de parte mantive-me no segundo grupo que se formou após a saída dos 3 atletas mais forte da competição irem embora. Aí começou a fragmentação e foram formando-se grupos de 2 ou 3 atletas distanciados de poucos metros.

Após um primeira volta com alguns susto devido ao modo como me ia espalhando 2 vezes a fazer as curvas mais apertadas e escorregadias do percurso. Verifiquei que ia em 4º lugar do escalão e que as pernas, até aí, nem se estava a portar muito mal.

Ao final da segunda volta passei com 10:28, ou seja, com apenas mais 15 segundos do que no dia anterior feito em pista e sem vento. Sabia que havia de quebrar um pouco algures, a questão seria a o local. Acabou por ser na maior subida do percurso onde foi necessário ir em modo sofrimento para passar essa zona o mais depressa possível. Depois foi ir a carregar o último km para tentar chegar ao 5º lugar (pois tinha perdido 2 lugares anteriormente) ouvindo o apoio do meu pai e do meu treinador do lado de fora do percurso.

Modo sofrimento ligado (Foto de Luís Duarte Clara)
Os últimos 150 metros foi em modo sprint para subir um lugar na classificação, tendo acabado a prova com o tempo final de 16:00 e uma média de 3:32 / km e no 5º lugar. Mais detalhes da prova no Strava e no Garmin.
Ainda saiu uma asneira ou duas quando acabei a prova (Foto de Armindo Santos)
E pronto foi isto o meu fim de semana. Agora é uma semana de em modo leve para recuperar forçar e tentar superar o desconforo que tenho sentido no glúteo nas últimas semana e que me tem andado a chatear. No sábado tenho o Campeonato Nacional Universitário de Corta Mato onde vai dar para puxar pelo corpo novamente como deve de ser.

Até à próxima e obrigado por terem paciência por ler isto até aqui ;)

Bons treinos e melhores corridas :)

domingo, 22 de fevereiro de 2015

1 mês só a treinar

Já cá não vinha postar nada deste a minha participação na última prova, se bem que em modo de treino na Fim da Europa.

Ora este mês de Fevereiro só tenho prova marcada no último dia (e depois outra logo no dia seguinte) mas já lá vamos, pelo que foi altura de carregar mais no volume de treinos e ir tirando ilações quanto à evolução (ou não) que tem sido feita. Por isso este post vai falar um pouco sobre os treinos que fiz durante estas 3 semanas de Fevereiro como preparação para as próximas provas.

1ª semana
Semana de ligeiro aumento de volume

Segunda: Manhã - 45' lentos para 10.2 km; Tarde - 50' lentos para 11.7 km
Terça: 12 x 400 para ritmo de 3:05, total de 10.9 km
Quarta: 50' lentos para 11.2 km
Quinta: 8 x 1000 para 3:25, total de 14.8 km
Sexta: Manhã: 45' lentos para 10.3 km; Tarde: 40' médios para 9.9 km
Sábado: 60' lentos para 14.1 km
Domingo: 40' médios para 10 km e 10 rampas de 100 metros no final.

Tive um dos melhores treinos de séries de 1000 este ano. Depois de no dia anterior ter subido as 630 escadas do Bom Jesus, em Braga, para chegar ao hotel com as tralhas todas às costas e no dia da séries ter feito uns 8 km a pé para chegar à pista (e ainda acartar as tralhas) fiquei bastante surpreendido por ter consigo fazer os ritmos pretendidos sem forçar em demasia. Algo me diz que o facto de quase não haver vento na pista ajuda, e bastante, à festa.

A semana acabou com uns bons 108 km de treino.

2ª semana
Mais aumento de volume e trabalho de velocidade na séries

Segunda: Manhã - 50' lentos para 11.7 km; Tarde - 55' lentos para 12.8 km
Terça: (3x3) x 400 para ritmo de 2:50, total de 9.6 km
Quarta: Manhã: 50' lentos para 11.4 km; Tarde - 50' médios para 11.9 km
Quinta: 55' lentos para 12.2 km
Sexta: 8 x 800 para 3:20, total de 13 km
Sábado: 70' lentos para 15.6 km
Domingo: 45' médios para 10.5 km e 10 rampas de 100 metros no final.

As séries de terça foram o pânico por vários motivos. O vento não deu tréguas a sessão toda; medi mal a distância e estava a fazer mais metros que o previsto pelo que tive de andar mais rápido para chegar no tempo previsto; no final já não sabia se me estava a doer os braços, as pernas ou o peito. Foi mesmo para sofrer este dia.

Total da semana com 113.4 km

3ª semana
Carregar nos km e um bocado na velocidade.

Segunda: Manhã - 60' lentos para 13.5 km; Tarde - 60' lentos para 13.6 km
Terça: Manhã: 60' lentos para 13.4 km; Tarde - 50' a médios para 12.2 km
Quarta: Manhã: 14 x 300 para ritmo de 3:00, total de 10.4 km
Quinta: 60' lentos para 13.3 km
Sexta: 5 x 1000 para ritmo de 3:15, total
Sábado: 75' lentos para 17.4 km
Domingo: 50' médios para 12.6 e 10 rampas de 100 metros no final.

Total da semana com 123.9 km

O treino de segunda à tarde foi um terror devido à quantidade de subidas no percurso que fiz acompanhado pelo meu pupilo, João Jorge. A culpa é minha que o deixei escolher o percurso à vontade :) Aqui ficam os registos desse treino: Garmin e Strava.

A agora é mais uma semana a meter kms nas pernas e ver o que vai sair no próximo fim de semana. Esta semana tenho massagem marcada para aliviar um pouco as pernas e dar aqui uns toques nas zonas mais problemáticas.

No sábado será o Campeonato Universitário de Pista Coberta, onde vou competir nos 3000 m. Tendo em conta a malta que lá costuma andar vai ser bom porque decerteza que vou ter sempre alguém à frente a meter ritmo. Se tenho pernas para aguentar esse ritmo por mais do que uma volta é que é outra história :)
No domingo tenho o corta-mato do meu clube que dá início ao troféu Sintra a Correr. Aqui não tenho grandes expectativas, é dar o máximo sabendo que deverei vir todo roto da prova dos 3000 metros, mas não será nada por aí além de certeza.

Este mês estreei ainda os meus novos ténis LunarGlide 6 da Nike (penso que já vou no 7º par deste modelo), pois os anteriores já estão perto dos 1000 km de treino. Pelos vistos vou ter de mandar vir uns não tarde muito, pois estes já ultrapassaram a marca dos 250 km... Corrida a quanto obrigado :)

E pronto por hoje é tudo que isto vai longo e não é sobre nenhuma corrida em particular.

Bons treinos e melhores corridas!